Incidência de sangramento excessivo e preditores no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3115393 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47414 |
Resumo: | Sangramento excessivo, necessidade de transfusão de concentrado de hemácias (TCH) ou de reabordagem cirúrgica de emergência (RCE) por sangramento são complicações pós-operatórias de cirurgia cardíaca associadas a significativa morbimortalidade. Conhecer os preditores dessas complicações pode instrumentalizar os enfermeiros na priorização de vigilância para reconhecê-las precocemente ou diminuir sua ocorrência. Objetivos: Avaliar os preditores de sangramento excessivo, de TCH e de RCE por sangramento no pós-operatório imediato (POI) de cirurgia cardíaca. Método: Estudo de coorte prospectivo realizado em um hospital de referência em cardiologia. Incluíram-se adultos submetidos a correção cirúrgica de cardiopatias adquiridas via esternotomia mediana. Os desfechos sangramento excessivo, necessidade de TCH ou de RCE foram avaliados 24h após admissão na unidade de terapia intensiva (UTI) pós-operatória. As variáveis independentes investigadas incluíram fatores pré, intra e pós-operatórios identificados na literatura. As variáveis pré-operatórias foram coletadas até 24h antes da cirurgia; as variáveis intraoperatórias foram coletadas à admissão na UTI e as variáveis pós-operatórias foram coletadas 24h após admissão na UTI. A relação entre as variáveis independentes e os desfechos foi avaliada em análise univariada (Teste exato de Fisher para variáveis categóricas ou Mann-Whitney para contínuas). Variáveis com p?0,05 na análise univariada e outras clinicamente relevantes foram submetidas a análise múltipla por meio regressão logística, com p?0,05 considerado significativo. O odds ratio foi utilizado como medida de associação entre as variáveis independentes e os desfechos. Calculou-se a área sob a curva ROC como medida de acurácia da relação entre as variáveis independentes e os desfechos. Resultados: Incluíram-se 323 pacientes. Desses, 105 (32,5%) apresentaram sangramento excessivo. Na análise univariada, as variáveis significativamente associadas ao sangramento incluíram: Pré-operatórias: sexo masculino, hipertensão arterial, maior altura, porém menor índice de massa corpórea, menor contagem plaquetária e maior hematócrito. Na análise múltipla, os preditores independentes de sangramento excessivo incluíram sexo masculino, IMC<26,34 Kg/m2, contagem plaquetária<214,000/mm3, volume de heparina>6,25mL (acurácia=77,5%). Vinte (6,20%) pacientes receberam TCH. Na análise univariada, as variáveis significativamente associadas à TCH foram: Pré-operatórias: maior idade, menor peso e altura, menor contagem de plaquetas, menor nível de hemoglobina, maior prevalência de contagem plaquetária<150x103/mm3; Intraoperatórias: menor volume de protamina, maior duração da anestesia, maior prevalência de TCH; Pós-operatórias: menor temperatura axilar, maior frequência cardíaca e maior pressão positiva expiratória final (PEEP). Na análise múltipla, o preditor independente de TCH foi peso<66,5Kg (acurácia=68%). Dezoito (5,60%) pacientes foram submetidos a RCE, Na análise univariada, as variáveis significativamente associadas à RCE foram: Pré-operatória: menor contagem plaquetária; Intraoperatória: menor número de pontes na revascularização do miocárdio; Pós-operatória: menor temperatura axilar, infusão endovenosa de menor volume, maior PEEP e transfusão de hemocomponentes. Na análise múltipla, o preditor independente de RCE foi transfusão pós-operatória de hemocomponentes (acurácia=97,93%). As fontes de sangramento na RCE foram lesões aórticas pela canulação da CEC (n=6), ferida esternal (n=4), átrio direito (n=3), e ponte lesionada pelo dreno ou fio de aço (n=2). Em três casos, a fonte de sangramento não era visível. Conclusões: Identificaram-se preditores perioperatórios de sangramento excessivo, de TCH e de RCE no POI de cirurgia cardíaca. |