Walter Benjamin e os caminhos do flâneur

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Biondillo, Rosana [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39273
Resumo: Este trabalho tem como objeto de estudo o flâneur no pensamento de Walter Benjamin. Nos concentraremos especialmente no seu modelo de existência que atesta a crise da experiência na modernidade – modelo este caracterizado tanto pelo declínio da experiência tradicional (Erfahrung) como pelo surgimento da vivência do choque (Chockerlebnis). Em consequência dessa crise, o flâneur tornase o retrato do intelectual/artista que precisa refletir sobre sua própria situação histórica para que possa compreender e tentar redefinir seu papel e sua atuação sociais sob pena de sucumbir às demandas do mercado no cenário capitalista pósRevolução Industrial, marcado pelos meios de produção e por mudanças na percepção humana com o avanço da técnica e da urbanização no século XIX e início do XX. Como um tipo que vive no limiar (Schwelle) entre o passado histórico – representado pelo tempo da tradição e da transmissão de experiências coletivas duradouras e compartilháveis – e o presente – representado pela vivência do choque, que marca o tempo moderno da imediatez, da repetição, da reprodução incessante e do consumo que transforma todas as coisas em mercadorias – Benjamin apresenta o flâneur como aquele que ainda dispõe de fragmentos da verdadeira experiência histórica e, por reconhecer a distância que o afasta dessa experiência, ele representa a busca por uma consciência histórica atual.