O “Tratado de Hechicerías y Sortilegios” (1553) de Frei Andrés de Olmos: uma ressignificação da demonologia europeia para a conversão indígena na Nova Espanha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Jean Lucas [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9540844
https://hdl.handle.net/11600/62492
Resumo: A dissertação tem como foco o “Tratado de Hechicerías y sortilégios”, do frei Franciscano Andrés de Olmos, produzido na Nova Espanha, em 1553. Uma tradução adaptada de outro manual o: “Tratado de Hechicerías y superticiones”, escrito pelo também franciscano, Martin de Castañega, na Espanha em 1529. Ambas as obras seguem uma tradição da escrita teológica que surgiu por volta do século XIII chamada de demonologia, com específicas singularidades vinculadas ao contexto em que cada tratado emergiu: Castañega escreveu seu tratado visando instruir e alertar o clero, e a população do País Basco e de Navarra, acerca dos perigos do diabo e sua relação com os feiticeiros e costumes supersticiosos. Olmos, por outro lado, adapta este texto e escreve para missionários e nativos da Nova Espanha em um contexto de combate à idolatria, sob argumento de que o diabo influencia em tais resistências e práticas indígenas. Portanto, na esteira da ocidentalização aborígene e de um debate sobre alteridade e demonização da religião dos povos taxados como “selvagens”, este trabalho pretende demonstrar como a mentalidade demonológica foi formulada na Europa e ressignificada para a conversão na América, sobretudo, no tratado de Olmos.