Avaliação dopplervelocimétrica das artérias uterinas, umbilical e cerebral media em gestantes submetidas a tocólise com nifedipina oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Lima, Marcelo Marques de Souza [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/24308
Resumo: Objetivo: comparar os parâmetros Dopplervelocimétricos (índice de resistência, velocimetria do pico sistólico e relação umbilical / cerebral) na circulação maternofetal antes e após a utilização da nifedipina como agente tocolítico em gestantes admitidas em um centro de referência entre janeiro de 2004 e janeiro de 2005. Métodos: foi realizado um estudo de coorte, prospectivo, no qual cada sujeito foi utilizado como seu próprio controle. Foram selecionadas 47 gestantes que receberam terapia tocolítica com nifedipina oral sendo submetidas à avaliação Dopplervelocimétrica das artérias uterinas, umbilical e cerebral média, antes da administração da medicação e nos intervalos de cinco e 24 horas após a primeira dose do fármaco. A comparação da diferença de média dos parâmetros Dopplervelocimétricos, de cada sujeito, entre os valores prévios e posteriores ao uso do agente tocolítico foram analisados pelo teste “t” pareado, adotando-se um nível de significância de 5%. Os dados estatísticos foram apreciados pelo software Minitab. Resultados: a idade materna média foi de 21 anos + 4,8 (DP), a idade gestacional média no momento da realização do exame Dopplervelocimétrico foi de 30 semanas + 6,1 (DP) e o número médio de consultas do pré-natal foi 3,4 + 2,0 (DP). Foi observada redução significativa do índice de resistência da artéria cerebral média após 24 horas de tocólise com a nifedipina oral (p < 0,0001; IC 95% = 0,04 – 0,06), não sendo evidenciadas modificações no mesmo índice nas artérias uterinas, direita e esquerda, bem como na artéria umbilical. A análise da velocimetria do pico sistólico da artéria cerebral média revelou redução estatisticamente significativa do referido parâmetro após a 5ª hora de tocólise com a nifedipina oral (p=0,001; IC 95% 11,9- 9,9), não sendo evidenciadas modificações do mesmo entre a 5ª e a 24ª hora de uso da medicação. Foi evidenciado aumento da velocimetria do pico sistólico da artéria uterina direita (p=0,037; IC 95% 21,6-32,7) e da artéria umbilical (p=0,038; IC 11,7- 10,9) entre a 5ª e a 24ª hora de tocólise com a nifedipina. Conclusões: o uso da nifedipina oral para fins de tocólise, está associado à diminuição do índice de resistência da artéria cerebral média mas não nos demais territórios vasculares. Foi evidenciada redução da velocimetria do pico sistólico no vaso acima citado e um aumento, do mesmo, na artéria uterina direita e artéria umbilical. As modificações encontradas parecem estar associadas ao tempo de uso e ao regime posológico adotado para utilização da medicação.