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Internações psiquiátricas involuntárias no estado de São Paulo - Perfil de 64.685 casos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Guimarães, Christina Fornazari Ubiali [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/65319
Resumo: Objetivo: Exploramos os padrões de internação e as características clínicas e individuais de uma grande coorte de pacientes submetidos à internação psiquiátrica involuntária no Brasil (n=64.685). Métodos: Foram coletados dados do Ministério Público do Estado de São Paulo sobre todas as internações psiquiátricas involuntárias reportadas na cidade de São Paulo entre janeiro de 2003 e fevereiro de 2020. A taxa anual de internações psiquiátricas involuntárias foi calculada e foram produzidas estatísticas descritivas de suas características. Resultados: As internações psiquiátricas involuntárias aumentaram de 5,8 para 25,5 por 100.000 habitantes, com um aumento de oito vezes no primeiro período de 10 anos (2003-2013). A maioria das internações ocorreu em instituições públicas (86,6%), envolveu transtornos psicóticos no diagnóstico primário (26,1%), envolveu mais de um diagnóstico (83,7%) e durou menos de 7 dias (52,4%). A maioria dos pacientes tinha entre 18 e 39 anos e era solteira, sendo a reinternação relativamente comum (13%). Apesar de o motivo da internação estar ausente em muitas das notificações (44%), o risco de dano a si ou a terceiros foi o mais comum (68,5%). Conclusão: Esta é uma das maiores coortes de registros de internação psiquiátrica involuntária já explorada. Os achados se baseiam em evidências internacionais existentes sobre internações psiquiátricas involuntárias e mostram tendências recentes nas taxas de internação na maior cidade do Brasil.