Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Guzman, Valeska Barcelos [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23446
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Resumo: |
Os objetivos de nosso trabalho foram: 1) investigar a relação entre polimorfismos dos genes CD28, ICOS, CTLA4, PDCD1, FAS, TGFB1, IFNG, IL6, IL10, TNFA e a ocorrência de carcinoma do colo uterino; 2) investigar a relação entre nível de expressão dos genes CD28, CTLA4, ICOS, ICOSL, CD80, CD86, GZMB (granzima B) em biópsias de carcinoma de colo uterino, no momento do diagnóstico, e a evolução do tumor após o tratamento. Materiais e Métodos: 1) A determinação dos polimorfismos foi realizada através dos métodos PCR-RFLP, para os SNPs: CD28 int3 (+17 T>C), CTLA4 promoter (-319 C>T), CTLA4 exon 1 (+49 A>G), ICOS 3’UTR (+1564 T>C), PDCD1 exon 5 (+7785 C>T) e FAS promoter (-670 G>A) e PCR-SSP para TNFA promoter (-308 G>A), IL6 promoter (-174 G>C), IFNG int1 (+874 A>T), TGFB1 codon 10 (+869 T>C), codon 25 (+915 G>C) and IL10 promoter (-1082 A>G), (-819 C>T), (-592 C>A) SNPs. Um algoritmo foi desenvolvido para identificar genótipos de SNPs isolados e/ou em combinações de 2 e 3 genótipos associados com a doença 2) Expressão gênica foi determinada, por PCR em tempo real, em biópsias de carcinoma cervical de pacientes posteriormente classificadas em dois grupos: 10 pacientes sem envidência do tumor (evolução clínica boa) após 6 meses do final do tratamento e 8 pacientes nas quais o tumor foi detectado (evolução clínica ruim) neste período. Resultados: 1) Nenhuma associação significante foi observada com os SNPs analisados isoladamente. A análise do multi-locus revelou, em pacientes, maiores frequências de três combinações de três genótipos (CD28 +17 int3(TT)/IFNG+874 int1(AA)/TNFA-308(GG), CD28+17 int3 (TT)/IFNG+874 Iint1(AA)/PDCD1 +7785 exon5 (CT), CD28 int3(TT)/IFNG int1(AA)/ICOS 1564 3’UTR (TT)) (p<0,01). Entretanto, a contribuição do terceiro polimorfismo (TNFA, ICOS, or PDCD1) não foi confirmada (p=0,1). Confirmamos maior frequência, em pacientes, da combinação CD28(TT)/IFNG(AA) nos três grupos juntos, e observamos uma contribuição principal desta combinação na associação com a doença (OR = 2,07, p=0,0011). 2) A expressão intra-tumoral de GZMB estava aumentada em biópsias de pacientes com estadio IIIB que apresentaram uma evolução clínica ruim (p=0,034). A expressão gênica das moléculas CD28, ICOS, ICOSL, CD80, CTLA4 e CD86 não mostrou diferenças significantes entre as biópsias de pacientes de grupos de evolução clínica boa e ruim. Conclusões: 1) Nossos resultados sugerem efeito epistático entre os genes CD28 e IFNG na susceptibilidade do câncer de colo uterino. Outros trabalhos em estudos independentes aplicando abordagem multi-locus são importantes para a elucidação da contribuição de polimorfismos genéticos para a susceptibilidade a esta doença. Além disto, o algoritmo desenvolvido pode ser aplicado a estudos sobre fatores genéticos de susceptibilidade a outras doenças complexas. 2) Altos níveis de mRNA de GZMB em tumores no estádio IIIB correlacionaram-se com menor sobrevida livre do tumor nos 6 meses após o tratamento. A expressão deste gene, se os resultados obtidos forem confirmados por um estudo independente, pode vir a se tornar um marcador de prognóstico para resposta a tratamento de carcinoma de colo uterino. |