Avaliação quantitativa do proteoma do fungo Paracoccidioides brasiliensis, isolado Pb18, com distintos graus de virulência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Castilho, Daniele Goncalves [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23171
Resumo: Este trabalho avaliou de forma quantitativa a composicao proteica do fungo patogenico Paracoccidioides brasiliensis na fase de levedura. Esta analise foi realizada no isolado Pb18 com distintos perfis de infeccao em camundongo B10.A (Pb18 virulento e Pb18 atenuado). Alem disso, foi realizada a analise comparativa dos dados do proteoma de ambos os isolados para caracterizar possiveis fatores de virulencia em P. brasiliensis. Para tanto, o extrato proteico de celulas leveduriformes do isolado Pb18 atenuado (mantido por anos em cultura) e Pb18 virulento (recem-isolado de animal) foram digeridos com tripsina e, os peptideos resultantes foram marcados com formaldeido e D2-formaldeido e, apos a marcacao, as amostras foram analisadas por LC-MS/MS. Utilizando esta estrategia foi possivel identificar e quantificar 256 proteinas, sendo que 101 proteinas apresentaram expressao diferencial aumentada no isolado Pb18 virulento, e 129 proteinas no Pb18 atenuado. Entre as proteinas com expressao aumentada (> 6 vezes) no isolado Pb18 virulento estao a catalase peroxissomal (PADG_00324), a superoxido dismutase (PADG_07418), Cdc42 (PADG_05369), e a protease A vacuolar (PADG_00634). Todas as proteinas identificadas e quantificadas foram agrupadas de acordo com as suas categorias funcionais e, os resultados obtidos mostraram que o isolado Pb18 virulento apresenta uma reorganizacao global do metabolismo e aumento na expressao de proteinas que participam da resposta ao estresse. As diferencas quantitativas observadas foram confirmadas em analises de PCR em tempo real e atividades enzimaticas. Dessa forma, podemos sugerir que as proteinas identificadas neste trabalho contribuem para a virulencia de P. brasiliensis. Este e o primeiro trabalho que utiliza a estrategia de espectrometria de massas para identificar fatores de virulencia utilizando um mesmo isolado fungico com distintos graus de virulencia. Os achados apresentados neste trabalho poderao iniciar estudos para elucidar a relacao parasito-hospedeiro nesta importante micose sistemica