Tradução e validação para a língua portuguesa do Brasil da escala de avaliação de dor Face, Legs, Activity, Cry, Consolability revised (FLACCr) em crianças com paralisia cerebral
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3135100 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47498 |
Resumo: | Identificar a dor na criança com distúrbios neurológicos como a paralisia cerebral (PC) é um processo complexo. O uso de instrumentos elaborados e validados para mensurar a dor pode promover melhora no processo de cuidado de crianças incapazes de verbalizar a presença e intensidade da dor. Objetivos: Realizar a tradução para a língua portuguesa do Brasil e adaptação cultural da escala de avaliação de dor Face, Legs, Activity, Cry, Consolability revised (FLACCr). Verificar a confiabilidade e validade da escala de avaliação de dor FLACCr em crianças com PC. Material e Método: Trata-se de um estudo de desenvolvimento metodológico. Após a aprovação do mérito ético do estudo, procedeu-se à avaliação da tradução e retrotradução da escala e da equivalência cultural por meio da técnica de Delphi. Participaram do consenso da tradução cinco juízes e da equivalência cultural para verificar a clareza da tradução, 30 especialistas. O consenso foi obtido a partir de concordância igual ou maior a 80%. Os métodos utilizados para verificar as propriedades psicométricas da versão em português foram a confiabilidade, determinada pela estabilidade, consistência interna e equivalência interavaliadores, a validade de construto e a validade de critério. Os dados foram coletados no período de fevereiro a dezembro de 2014 em uma instituição especializada em reabilitação da cidade de São Paulo. Para a validação clínica foi calculada amostra de 42 crianças, contudo foram estudadas 46 crianças que realizaram o procedimento gerador de dor aguda, a infiltração anestésica para tratamento odontológico. As crianças foram avaliadas por quatro observadores e pela família, em dois momentos distintos, antes da infiltração anestésica, denominado como tempo zero (T0) e durante a infiltração anestésica, o tempo um (T1). A família avaliou presencialmente a criança nos momentos T0 e T1 utilizando uma escala analógica visual (EAV) zero a 10. Os quatro observadores, por meio de vídeos, avaliaram a criança e aplicaram a escala FLACCr nos mesmos momentos, sendo que 15 dias após, realizaram uma segunda avaliação, para verificar a estabilidade do instrumento. Os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial, fixando-se o nível de significância com o p≤0,05. Resultados: Foram necessários três ciclos da técnica de Delphi para alcance do consenso da tradução entre os juízes. A concordância obtida nas cinco categorias da escala foi: Face 95,5%; Pernas 90,0%; Atividade 94,4%; Choro 94,4% e Consolabilidade 99,4%.Para determinar a estabilidade do instrumento foi realizado o teste-reteste, sendo de 0,854 o coeficiente de correlação intraclasse para todos os observadores no T0 e de 0,879 para todos os observadores no T1. A escala apresentou boa consistência interna, foi verificada alta concordância entre os observadores em todos os itens da FLACCr no T0 (alfa de Cronbach de 0,86) e em T1 (alfa de Cronbach de 0,90). A equivalência foi medida segundo a confiabilidade interavaliadores, obtendo-se resultados de baixa concordância em T0 (0,42) e alta em T1 (0,72). A validade de construto foi medida pela diferença dos escores obtidos em cada criança entre os momentos T1 e T0, sendo os resultados diferentes de zero para cada observador, para todos os observadores e para a família(p<0,001). A validade de critério foi estudada por meio da comparação entre a aplicação da EAV pela família e da FLACCr pelos observadores, não sendo identificada correlação entre as escalas utilizadas. Conclusão: A escala FLACCr foi traduzida para a língua portuguesa do Brasil, alcançando-se consenso na adaptação cultural e obtendo-se resultados de validação que evidenciam a confiabilidade das propriedades psicométricas da FLACCr para avaliação de dor em crianças com PC. |