Avaliação da segurança da alta precoce após a artroplastia total do joelho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Figueiredo, Fernando Caetano Soares [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66018
Resumo: Introdução: a artroplastia total do joelho (ATJ) tem-se mostrado um procedimento seguro e custo-efetivo - principalmente nos últimos 20 anos, após a introdução de protocolos de reabilitação acelerada. Tais protocolos - através da otimização de fluxos e práticas clínicas - proporcionaram melhores resultados e menor tempo de permanência hospitalar, com redução de custos sem aumento de complicações, demonstrados em estudos estrangeiros. No entanto, não foram, até a presente data, produzidos dados no Brasil. Objetivo: avaliar a segurança da alta precoce após o procedimento de ATJ no Brasil. Método: foi selecionada retrospectivamente uma série de casos consecutivos de artroplastias totais primárias e unilaterais, realizadas em hospital de referência em cirurgia do joelho na cidade de São Paulo, Brasil, no período de: dezembro de 2018 a julho de 2019; e que receberam alta anteriormente ao término do dia seguinte ao procedimento. Foram analisados dados demográficos, comorbidades, tempos cirúrgico e de internação, e observada a ocorrência de complicações nos primeiros 30 dias pós-operatórios. Resultados: no período foram realizadas 371 ATJs e incluídos no estudo 283 indivíduos. A idade média e desvio-padrão foram de 72,14 anos +/- 7,20, sendo 79,50% dos pacientes do sexo feminino. O índice de massa corpórea (IMC) ≥ 30 Kg/m2 foi encontrado em 49,46% dos casos; diabetes mellitus em 31,44%; e 91,74% obtiveram classificação de risco cirúrgico da Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA) grau 2. Complicações maiores foram observadas em 1,41% - especificamente uma ocorrência de tromboembolismo pulmonar (TEP) e 3 casos de infecção profunda. Complicações menores (incluindo dor com necessidade de pronto-atendimento) foram encontradas em 19,78% dos casos e 24,73% de todos os casos necessitaram de atendimento não planejado. Conclusão: A alta precoce após a ATJ, considerando-se a ocorrência de complicações maiores, é segura. Palavras-chave: Artroplastia total do joelho; Artroplastia de substituição do joelho; Alta hospitalar; Tempo de internação; Complicações pós-operatórias.