Efeitos da pré-formulação do extrato vegetal da Mimosa caesalpiniifolia sobre a barreira intestinal durante a colite induzida por dextran sulfato de sódio em ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fávero, Aline Garnevi [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62865
Resumo: Introdução: Anti-inflamatórios, imunossupressores e imunobiológicos são comumente usados no tratamento da doença inflamatória intestinal, no entanto, uma parcela dos pacientes não responde adequadamente ao tratamento e/ou apresentam perda de resposta ao longo do tratamento. Em um estudo recente, verificamos um potencial efeito anti-inflamatório do extrato hidroalcoólico de Mimosa caesalpiniifolia (MC) na colite induzida por ácido-trinitrobenzenosulfônico (TNBS) em ratos Wistar. Visto que a incorporação de extratos vegetais em formas farmacêuticas pode melhorar sua solubilidade e biodisponibilidade, o presente estudo propõe avaliar os efeitos da pré-formulação do extrato vegetal de MC sobre a barreira intestinal durante a colite induzida por Dextran Sulfato de Sódio (DSS). Objetivo: Avaliar os efeitos da pré-formulação de MC na colite induzida por DSS em ratos Wistar por meio da análise dos sintomas clínicos, alterações histopatológicas, ultraestruturais, índice de células caliciformes e no perfil de ácidos graxos de cadeia curta. Métodos: Quarenta ratos Wistar foram randomizados em cinco grupos: basal; doente; pré formulação de MC (125mg/kg/d); colite tratada com MC (125mg/kg/d); colite tratada com MC + mesalazina (5-ASA) (125mg/kg/d para ambos). Os extratos das folhas foram preparados em 70 gl de etanol e secos em um Mini-sprayryer Buchi B19 usando 20% de areosil®. A seleção das condições operacionais utilizadas foi acompanhada pelo Laboratório de Plantas Medicinais e Fitoterápicas da Unifal-MG. A pré-formulação do extrato de MC foi diluída em água e administrada por gavagem oral por seis dias. A colite foi induzida pela administração de 5% de DSS diluído em água potável e oferecido ad libitum por cinco dias. Após a indução da colite, o peso corporal, o estado geral de saúde e as características das fezes foram avaliados diariamente, segundo escore de Sanchez-Fidalgo et al. Todos os ratos foram eutanasiados no 9º dia de experimento. Fragmentos do cólon foram fixados e processados para as análises histológicas e ultraestruturais. Amostras de fezes foram coletadas e processadas para análise do perfil de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) por cromatografia gasosa. A gravidade da colite foi avaliada em seções coradas com Hematoxilina e Eosina, segundo o escore de Dieleman et al., e a quantificação de células caliciformes por coloração de Alcian-Blue. A análise estatística foi realizada por análise de variância unilateral (ANOVA), seguida do teste post hoc de Tukey com Graph Pad Prism (versão 6.0). Resultados: O tratamento com a pré-formulação de MC reduziu os sintomas clínicos como diarreia e sangramento retal (p <0,0001). Os animais com colite induzida por DSS e tratados com a pré-formulação em monoterapia (G4) ou em associação à mesalazina (G5) apresentaram redução no infiltrado inflamatório e a ausência de úlceras, porém sem diferença significante. As análises ultraestruturais demonstraram que a pré-formulação de MC não auxiliou na restauração da barreira epitelial dos animais com colite. Não houve diferenças significativas na quantificação de células caliciformes. Houve diferença significativa nos níveis de butirato nos animais tratados com a pré-formulação (p=0,0040). Conclusão: A pré-formulação do extrato de MC minimizou os sintomas clínicos da colite e a inflamação intestinal, porém não minimizou os danos à barreira intestinal.