Avaliação do modelo de gestão de serviço de enfermagem aplicado em hospitais gerenciados por Organização Social de Saúde: um estudo de caso
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9706479 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/59036 |
Resumo: | Objetivo: Avaliar sob a percepção dos enfermeiros ativos, o modelo de gestão de serviço de enfermagem hospitalar aplicado em hospitais gerenciados por Organização Social de Saúde Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (OSS-SPDM), considerando-se o tipo e as dimensões do modelo. Caracterização dos sujeitos e fatores da gestão que influenciaram a percepção de governança. Método: trata-se de um estudo quantitativo, exploratório, transversal, do tipo estudo de caso único integrado e população censitária. A análise do modelo foi realizada em 15 hospitais a partir do instrumento de coleta de dados denominado Index of Professional Nursing Governance, o qual possui 86 perguntas (em escala tipo Likert de 1 a 5) que foram direcionadas aos enfermeiros ativos das instituições hospitalares do estudo. Os escores foram calculados pela soma das pontuações atribuídas pelos profissionais, resultando na indicação do tipo de modelo de gestão vigente em cada instituição. Para a consistência interna utilizou-se o coeficiente Alpha de Cronbach. A coleta de dados foi realizada on-line com link de acesso aos instrumentos, mediante declaração de concordância do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido no período de 01 de fevereiro a 30 março de 2019. Os dados foram armazenados e organizados na plataforma REDCap, hospedada na rede da Universidade Federal de São Paulo. A análise estatística foi realizada de forma descritiva, com análise de agrupamento por método k-means, para avaliação da variabilidade interna, similaridades e diferenças entre os hospitais, e por regressão linear múltipla, a fim de analisar os efeitos simultâneos de um conjunto de variáveis sobre a pontuação alcançada no instrumento supracitado. Resultados: dos 1.523 enfermeiros convidados, 680 (44,6%) aceitaram participar do estudo, dos quais 518 (34,1%) completaram os questionários. A maioria dos participantes foi mulher (82,8%) com idade média de 36,7 anos; 81,1% tem especialização e pós graduação e 24,3% exerce algum cargo gerencial. Quanto aos resultados do instrumento de coleta, 12 hospitais obtiveram média geral de 184,3 pontos indicando governança compartilhada e três hospitais (20%) foram classificados no modelo de gestão tradicional com média geral de 165,7 pontos. Quanto à classificação dos hospitais, verificaram-se na governança compartilhada três hospitais sem certificação, com média de 187,3 pontos, cinco hospitais com certificação, com média de 187,5 pontos, três hospitais psiquiátricos, com média de 178,6 pontos, e um hospital com menos de um ano de gestão, com 176,8 pontos. Na governança tradicional observou-se um hospital com certificação (168,0 pontos), um hospital sem certificação (166,1 pontos) e um hospital com menos de um ano de gestão (163,0). Enfermeiros com cargo gerencial apresentaram, em média, percepção menor de governança compartilhada (12,4 pontos a menos) do que os profissionais sem cargos de gerência. Aqueles que trabalhavam de 11 a 20 anos sob gestão da organização social apresentaram médias maiores em relação àqueles com menos de um ano de trabalho (19,6 e 33,7 pontos, respectivamente). Conclusões: dos 15 hospitais analisados, 80% encontram-se sob a governança compartilhada, indicando que o grupo dominante possui, sobretudo, alguma participação da equipe. Por outro lado, observou-se que a percepção, por parte dos enfermeiros com cargo gerencial, da governança compartilhada foi menos expressiva ao ser comparada com a percepção dos profissionais sem cargos de gestão. Os fatores que influenciaram a percepção de governança foram o tipo de cargo e tempo de trabalho sob gestão da OSS-SPDM. Ressalta-se que o modelo de gestão de Serviço de Enfermagem em uso é hibrido, em processo de transição do modelo tradicional para modelo de governança corporativa. |