O sono de recém-nascidos prematuros em uma unidade de cuidados intermediários neonatal: influência de aspectos ambientais e da manipulação
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3040185 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48940 |
Resumo: | A preservação do sono de recém-nascidos prematuros (RNPT) é fundamental para o desenvolvimento adequado. Durante a internação, o RNPT é constantemente exposto a estímulos, como: elevados níveis de pressão sonora, luminosidade, oscilações de temperatura e manuseios constantes para a realização de procedimentos que podem acarretar, entre outros, a perturbação do sono. Embora a relação desses aspectos ambientais com a interrupção dos ciclos de sono esteja documentada na literatura são escassos os estudos que avaliem essa condição no RNPT hospitalizado. Assim, propôsse estudo observacional, prospectivo e de correlação com o objetivo de correlacionar o tempo total de sono, de vigília e os diferentes estágios de sono de RNPT aos níveis de pressão sonora, à iluminância, à temperatura, à umidade relativa do ar e às frequências de manipulações no interior das incubadoras em uma unidade de cuidados intermediários neonatal de um hospital universitário do Município de São Paulo, Brasil. A amostra constituíu-se de 12 RNPT clinicamente estáveis, que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos para o estudo. O sono foi avaliado por meio da polissonografia. Para a mensuração das variáveis ambientais foram utilizados os seguintes equipamentos: dosímetro de ruído, luxímetro e termôhigrometro. Para registrar o tempo e a frequência das manipulações, utilizou-se a filmadora. Todos os registros foram efetuados durante 24 horas ininterruptas. Avaliaram-se as correlações das variáveis ambientais e da manipulação com o tempo total de sono, seus respectivos estágios e vigília nas 24 horas e nos períodos diurno e noturno. Para a análise dos dados, foram utilizados estatísticas descritivas e os testes T de Student pareado, não paramétrico de Friedman e coeficiente de correlação de Pearson. Os resultados demonstram que 8(66,6%) dos RNPT pertenciam ao sexo feminino, com idade gestacional de acordo com a data da última menstruação materna 32,2±4,2 semanas e peso de 1606±317 gramas. Nas 24 horas, o tempo total de sono foi em média de 899,3±71,8 minutos, sendo 279,6±57,4 minutos no estágio de sono ativo, 348,4±89,4 e 271,9 ±71,8 minutos em sono quieto e indeterminado, respectivamente. Entre todas as correlações das variáveis ambientais e da manipulação com o sono e a vigília dos prematuros, nas 24 horas, verificou-se uma correlação positiva (r=0,65 e p=0, 041) entre os valores máximos de iluminância com o tempo de vigília. Conclui-se que o tempo total de sono foi menor do que o preconizado pela literatura, sendo predominante o sono quieto. Os níveis iluminância, temperatura e umidade relativa do ar permaneceram dentro dos limites estabelecidos pelos órgãos regulamentadores, à exceção da pressão sonora. Constatou-se que quanto maior foi o nível de iluminância no interior das incubadoras, maior foi o período de vigília dos recém-nascidos prematuros. Sugere-se a realização de novos estudos com maior tamanho amostral para avaliar e propor intervenções para promoção do sono de RNPT hospitalizados. |