O intérprete de libras no ensino superior: sua atuação como mediador entre língua portuguesa e a língua de sinais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: CONSTÂNCIO, Rosana de Fátima Janes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: CUML
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190165
Resumo: Este estudo se propõe a conhecer e analisar a inserção do profissional intérprete de Libras no ensino superior e a construção desta profissão, onde a interação lingüística se desenvolve pela língua de sinais. A proposta envolve a tentativa de compreender quem é este profissional e como se dá a sua atuação em um universo fronteiriço entre as línguas, oral-auditiva e viso-espacial. Visa, também, conhecer as necessidades e especificidades vivenciadas por este profissional numa relação que envolve surdos – ouvintes - intérpretes. Espera-se também explicitar aspectos do processo de construção desta nova profissão. Participaram do estudo 10 intérpretes de Língua de Sinais que atuam no ensino superior nas cidades de São Paulo/SP, Cascavel/PR e Campo Grande/MS. Os dados foram coletados por meio de entrevistas presenciais e via on-line, empregando os programas do correio eletrônico e MSN. As entrevistas contaram com roteiro pré-definido e foram transcritas, lidas e relidas até que se chegasse à definição de categorias relevantes para atingir o objetivo proposto, isto é formação do intérprete; tempo de atuação, área e condições de contrato; processo de regulamentação da profissão; relacionamento com surdos, ouvintes e profissionais; disciplinas que interpreta; dificuldades na interpretação; e, visão da profissão do interprete. Os resultados mostram que os intérpretes têm formação superior e estão inseridos nas comunidades surdas, têm ampla experiência na área educacional; estão contratados em regime de CLT; expressam a necessidade de regulamentação desta profissão; se relacionam bem com os surdos; interpretam todas as disciplinas que o aluno surdo freqüenta; apresentam como dificuldade a falta de sinais específicos para determinadas palavras usadas no meio educacional e acreditam na profissão do intérprete. Concluiu-se que os interpretes são agentes multiplicadores de uma nova maneira de ver e pensar o indivíduo surdo, que o ato de traduzir e interpretar demanda competências lingüísticas e metodológicas; que são árduas e complexas observando a importância do intérprete assumir o seu papel de mediador e de conquistar espaço para garantir a acessibilidade do surdo nos diferentes segmentos da sociedade.