Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
VICTORINO, Thais Alvim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFMG
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/210193
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Resumo: |
A presente pesquisa tem como objetivo principal compreender quais os sentidos atribuídos à experiência escolar por jovens surdos matriculados em uma escola estadual de Ensino Médio. Para tanto, este estudo parte de algumas questões norteadoras, tais como: qual a relação entre os sujeitos jovens presentes na sala de aula (surdos e ouvintes)? Qual a relação dos alunos surdos com o professor? Qual significado atribuem a frequentar a escola? Qual a relação que estabelecem com o conhecimento escolar? Para a realização da pesquisa, optamos por utilizar o estudo de caso (BECKER, 1993) que contempla a observação participante, entrevistas com roteiro semiestruturado (BURGESS, 2010) e aplicação de questionário. A escola fica localizada na cidade de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, e faz parte da rede estadual de ensino. Foram acompanhadas duas turmas em um período de aproximadamente 7 meses, com um total de 10 surdos, sendo 7 do sexo feminino e 3 do sexo masculino. A observação aponta, dentre outros aspectos, que, devido à estrutura escolar, os surdos estabelecem relações muito limitadas em relação aos alunos ouvintes, sendo esta relação marcada pelo preconceito em uma das salas acompanhadas. No que diz respeito aos professores, a relação é precária e conta com a mediação do intérprete em quase todas as situações. Por sua vez, a relação com o conhecimento escolar parece adquirir um caráter pragmático, visto que as metodologias aplicadas direcionam a importância para o “passar de ano” e não para o conhecimento em si. Desse modo, uma atividade feita em sala, por exemplo, só ganha importância se for pontuada, o que parece dificultar a criação de sentido do conhecimento e, consequentemente, das aulas. Diante desta realidade, constatamos limitações em vários aspectos da política de inclusão, o que parece acarretar perdas significativas na vida escolar dos alunos surdos, tanto no que diz respeito aos conteúdos quanto à sua sociabilidade. Por fim, parece haver uma pretensa “inclusão”, quando, na verdade, há indícios de que estes alunos são excluídos dentro da instituição escolar. |