Perfil químico e atividade biológica de Abarema cochliacarpos (Gomes) Barneby & J. W. Grimes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Pietra Alexia Lima dos
Orientador(a): Estevam, Charles dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Biotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://ri.ufs.br/jspui/handle/riufs/19181
Resumo: Abarema cochliacarpos é uma espécie endêmica do Brasil, pertence à família Fabaceae e é conhecida popularmente como barbatimão, estando presente na caatinga e cerrado brasileiro. Em Sergipe, seu uso é em forma de chás para atividades anti-inflamatória e cicatrizante. Como objetos deste estudo foram utilizados as folhas do vegetal a fim de conhecer qualitativamente os constituintes químicos das frações obtidas a partir do extrato bruto: fração clorofórmica (FCL), fração hexânica (FHX), fração acetato de etila (FAE) e fração hidrometanólica (FHM) através da prospecção fitoquímica por ensaios colorimétricos, sendo detectada a presença de metabólitos secundários como fenóis, taninos, flavonóis, catequinas, esteroides, triterpenóides e saponinas. A determinação quantitativa do teor de fenóis, flavonoides e flavonóis das frações foi realizada em triplicata e três repetições sendo os dados expressos como média ± desvio padrão e as diferenças determinadas por ANOVA seguida de pós teste de Tukey. O maior teor de fenóis foi de 369,40 ± 20,29 mg de EAG.g-1 na FAE, seguido da FCL com 271,16 ± 9,38 mg de EAG.g-1 . Na análise de flavonoides, a FCL apresentou o maior teor com 64,60 ± 0,41 mg de EQ.g-1 , seguido da FHM com 56,37 ± 3,06 mg de EQ.g-1 ; enquanto na determinação de flavonóis a FHX apresentou um teor de 138,63 ± 7,16 mg de ER.g-1 e a FAE 94,71 ± 4,01 mg de ER.g-1 . Para a determinação da atividade antioxidante, foi usado o método do radical livre DPPH, no qual a FAE, FHM e FCL reduziram o radical e apresentaram valores de CE50 de 3,95 ± 0,281 µg.mL-1 ; 6,22 ± 0,383 µg.mL-1 e 21,12 ± 0,542 µg.mL-1 , respectivamente. Na análise antimicrobiana apenas duas frações apresentaram halos de inibição. A FAE para as cepas de Staphylococcus aureus (19,3 mm), Enterococcus durans hirae (10 mm), Escherichia coli derivada (9,6 mm) e Pseudomonas aeruginosa derivada (15 mm), e a FCL para a cepa E. durans hirae (9 mm). Na concentração inibitória mínima (MIC) a FAE sobressaiu-se com 12,5 µg.mL-1 para a S. aureus e E. durans, enquanto a FCL obteve 25 µg.mL-1 para E. durans. Quanto à análise citotóxica, a FAE nas concentrações testadas não favoreceu a viabilidade celular em 75%, apresentando capacidade antiproliferativa, exceto a FLC a 20 µg.mL-1 . A FAE e FCL apresentaram propriedades antioxidantes e obtiveram efeito antimicrobiano, além de possuírem metabólitos que corroboram com essas funções.