Práticas de linguagem e a constituição identitária em um espaço hospitalar multilingue e intercultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sílvia Helena Freitas Alencar lattes
Orientador(a): Déborah de Brito Albuquerque Pontes Freitas lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Roraima
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=126
Resumo: A pesquisa é uma análise da relação linguagem e identidade a partir das narrativas de três mulheres de perfil linguístico e cultural diferente: duas brasileiras (uma indígena e uma não-indígena) e uma guianense (não indígena) que viveram, no período de abril a junho de 2009, uma experiência de contato em um espaço hospitalar público multilíngue. O objetivo foi investigar as práticas de linguagem e a constituição identitária de sujeitos que conviveram em um quarto do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, em Boa Vista, capital do Estado de Roraima. Trata-se de uma abordagem pautada na Linguística Aplicada por ser uma área do conhecimento que dialoga com outros saberes como a Antropologia, as Ciências Sociais, os Estudos Culturais, entre outros, delineando assim um caráter transdisciplinar. Nesta perspectiva, as narrativas dessas mulheres, registradas em diário de campo e em entrevistas semiestruturadas gravadas em áudio, foram roteirizadas e trianguladas com outros registros, tais como: entrevistas com direção e funcionários do hospital, documentos oficiais disponibilizados pela instituição, fotos e croqui. Para a análise, trago uma discussão inicial dos construtos linguagem e identidade, perpassando por outros, tais como: representação, cultura, memória, oralidade, narrativa, alteridade, sendo o eixo central a linguagem. A pergunta de pesquisa que orientou o estudo foi: Como se davam as práticas de linguagem e o processo identitário em um espaço hospitalar multilíngue e intercultural? As discussões desenvolvidas a partir desse questionamento evidenciam que o contato com práticas de linguagem e de cultura diferentes proporcionou às mulheres a ressignificação de si e dos outros e aponta como expectativa, que este trabalho visibilize a existência de um contexto hospitalar sociolinguisticamente complexo. Percebi, ainda, que as práticas estabelecidas nesse lugar revelaram a possibilidade de ampliar as ações institucionais que abarquem a eterogeneidade e a abertura de um diálogo intercultural.