Ocorrência, distribuição geográfica e estudo fenológico de camu-camuzeiro (Myrciaria dubia (H.B.K.) Mc Vaugh no estado de Roraima

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Angelica dos Santos Carvalho lattes
Orientador(a): Edvan Alves Chagas lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Roraima
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - POSAGRO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bdtd.ufrr.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=136
Resumo: O camu-camu (Myrciaria dubia) é um representante das Myrtaceae, uma das famílias botânicas mais importantes para a fruticultura e que faz parte de várias formações da vegetação brasileira. M. dubia é uma planta Amazônica, encontrada com maior frequência na Amazônia peruana. A espécie possui frutos com elevado teor de vitamina C, sendo a polpa utilizada na indústria farmacológica, de cosméticos e nutricional. É uma espécie pouco estudada e que ainda há necessidade de estudos para melhor compreensão da espécie quanto a sua diversidade. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência e distribuição do camu-camu no estado de Roraima e caracterizar a fenologia de frutificação desta espécie na sua área natural. Para o registro da ocorrência, distribuição e georreferenciamento da espécie, foram realizadas excursões para prospecção das populações nativas de camu-camu em todos os municípios de Roraima nos anos de 2010 a 2012. Também se avaliou a fenologia de frutificação do camu-camu no Lago da Morena, localizado no munícipio do Cantá-RR no período de dezembro de 2010 a abril de 2011. Para a realização deste estudo, foram escolhidas aleatoriamente plantas de camu-camu distribuídas dentro da população e estas foram marcadas e acompanhadas semanalmente. Aproximadamente 4 mil inflorescências que se encontravam no estádio pós-antese foram marcadas e a partir da 9 semana desta fase, avaliou-se o desenvolvimento dos frutos. Paralelamente, houve avaliação física e química dos frutos até a 16 semana quando os mesmos atingiram a maturação. A ocorrência de populações nativas de camu-camu foi registrada em oito municípios, Normandia, Bonfim, Amajari, Boa Vista, Cantá, Caracaraí, Caroebe e Rorainópolis, sendo essas plantas encontras nas margens dos principais rios e seus afluentes do estado e em diversos tipos de solos e sistemas não florestais, florestais e áreas de transição, demonstrando que a espécie apresentam uma boa adaptação e rusticidade. Foi constatado que nas condições do lago da Morena o camu-camu tem um ciclo de maturação total de 102 dias pós a antese, sendo que eles atingem seu ponto máximo de crescimeno aos 84 dias, assim obtendo uma escala fenológica com 98 estádios de frutificação para a espécie.