Quantificação de DNA pró-viral do vírus da Leucemia Felina e avaliação clínica de gatos domésticos mantidos em abrigo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Carla Regina Gomes Rodrigues lattes
Orientador(a): Souza, Heloisa Justen Moreira de lattes
Banca de defesa: Souza, Heloísa Justen Moreira de, Baldani, Cristiane Divan, Fernandes, Julio Israel, Almeida, Flavya Mendes de, Nobre e Castro, Maria Cristina
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10157
Resumo: A Leucemia viral (FeLV) e a Imunodeficiência felina (FIV) são doenças infectocontagiosas de grande prevalência no Brasil. Como outras doenças infecciosas, as grandes populações são mais expostas. O objetivo geral deste estudo foi avaliar a prevalência destas retroviroses em um abrigo exclusivo de gatos, quantificar a carga de DNA pró-viral do vírus da Leucemia e, adicionalmente, descrever os achados clínicos e laboratoriais associados. Um total de 115 gatos foram incluídos no estudo. Cinquenta gatos (43,48%) foram positivos para anticorpos contra o vírus da FIV. Todos os gatos estes gatos eram castrados, sendo que (54%) eram fêmeas e 46% machos. Setenta porcento tinham entre 1 e 6 anos de idade e 46% estavam na faixa de peso ideal. Todos os 115 gatos inclusos no estudo apresentavam algum sinal de doença infecciosa do trato respiratório. Já os gatos com infecção pelo FIV apresentaram afecções da cavidade oral, dermatológicas e gastrointestinal. Houve uma associação significativa com o estado reprodutivo castrado (p=0,002) e a infecção pelo FIV, além de, significativamente mais velhos (p<0,001), e associação com afecções da cavidade oral (p<0,001). Os gatos de 1 a 6 anos apresentam aproximadamente 15 vezes (p<0,001) mais chance de ter a infecção pelo FIV que os gatos mais jovens. O resultado do hemograma dos gatos FIV positivo revelou o valor de hematimetria (p= 0.049) e do hematócrito (p= 0.047) significativamente menor que os dos gatos negativos. Vinte e um gatos (18,26%) foram positivos para o FeLV e 10 (8,7%) positivos para o FeLV e o FIV. Não foi encontrada associação significativa entre sexo, estado reprodutivo e a antigenemia do FeLV. Mais da metade dos gatos FeLV positivos tinham entre 1 e 6 anos de idade. Na pesquisa para DNA pró-viral dos 115 gatos, 91 (79.13%) foram não detectáveis e 24 (20.87%) detectáveis. O valor mínimo de detecção foi de 346 cópias/106 células e o valor máximo de 46666734.93 cópias/106 células. A análise do resultado pesquisa de DNA pró-viral e o teste de triagem para o FeLV identificou 19 (16,52%) com infecção progressiva, 5 (4,35%) dos gatos com infecção regressiva e dois gatos tiveram os resultados discordantes. A quantificação de cópias de DNA pró-viral foi significativamente maior em gatos com infecção progressiva (p=0,009). Os gatos FeLV positivos apresentaram valores significativamente menor no valor de hematimetria (p=<0.001), hemoglobina (p=0.001) e hematócrito (p=<0.001).