Herpesvirus felino 1: detecção e quantificação de DNA viral em gatos de abrigo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Baumworcel, Natasha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26729
Resumo: A conjuntivite felina é a enfermidade mais frequente nos locais de grandes concentrações populacionais como abrigos e gatis. Herpesvirus felino 1 (FHV-1) é o microrganismo mais associado aos casos de conjuntivite em felinos. O diagnóstico laboratorial é essencial para o estabelecimento de um controle adequado e recentemente vem sendo realizado por meio de técnicas moleculares. O objetivo desse estudo foi realizar a determinação da carga viral de FHV-1 por meio de PCR em tempo real ou PCR quantitativa (qPCR) em amostras conjuntivais e de cavidade oral de felinos com e sem sintomatologia ocular oriundos de diferentes modelos de abrigo e correlacionar a carga viral com a gravidade dos sinais clínicos e com a estrutura física dos abrigos. Esse estudo se deu com amostras de 70 gatos entre dois e dez meses de idade (41 sintomáticos e 29 assintomáticos). Quatro abrigos foram visitados. Cada animal foi cadastrado em uma ficha clínica própria. Todos os animais foram examinados pela mesma médica veterinária. Os sinais oftalmológicos e de orofaringe foram categorizados de acordo com a gravidade dos sinais clínicos. As amostras de secreção conjuntival e orofaríngea foram coletadas separadamente, com o uso de escova citobrush®. O genoma viral foi extraído e foram realizados ensaios de qPCR utilizando sistema de sondas de hidrólise TaqMan® e curva padrão sintética. O uso da curva padrão sintética para FHV-1 foi implementada nesse estudo. FHV-1 foi detectado em igual proporção em animais sintomáticos e assintomáticos (90%) mas houve diferença estatística (P<0,05) entre as cargas virais dos animais sintomáticos e dos assintomáticos. Cargas virais mais altas de FHV-1 foram relacionadas a animais sintomáticos e nesses, os escores associados aos sinais clínicos mais graves apresentaram maiores cargas virais. A comparação da carga viral com relação a características dos abrigos mostrou ser estatisticamente significante (P<0,05). Maior carga viral foi observada no abrigo com alta densidade populacional, alta rotatividade de animais e circulação de ar inadequada no ambiente. A correlação entre as cargas virais obtidas de amostras de região ocular com amostras da região orofaríngea foi alta (r²=0,889), sugerindo que essa região é um importante sítio de excreção e transmissão de FHV-1.