Natureza humana, ação e contemplação: o conceito de eudaimonía em Aristóteles.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Merigueti, Isis Bruna da Costa Correia lattes
Orientador(a): Moraes, Francisco José Dias de lattes
Banca de defesa: Moraes, Francisco José Dias de lattes, Maximo, Mario Motta de Almeida lattes, Aggio, Juliana Ortegosa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13485
Resumo: Esta dissertação possui como objetivo investigar em que consiste a eudaimonia humana a partir da filosofia de Aristóteles, levando em consideração que o estagirita destacou, em sua Ética Nicômaco, dois tipos de eudaimonia: uma que se situa na vida ética/política e a outra que provém de uma vida dedicada à atividade contemplativa. Essa distinção gerou no interior do estudo do pensamento aristotélico uma dicotomia, à primeira vista, insuperável, que leva o homem a questionar se o melhor caminho para a felicidade estaria na vida do sábio, ou então em uma vida mais humana, como é o caso da vida do homem da Pólis. Devido a uma supervalorização do problema em questão, houve uma negligência de aspectos fundamentais da concepção aristotélica de eudaimonia, o que, por sua vez, causou confusões em interpretações da leitura da obra de Aristóteles, e, por conta disso, essa dissertação também visa a uma reformulação do problema, já que há ainda diversas lacunas interpretativas. Está muito evidente, em sua obra, a hierarquia promovida por Aristóteles entre a atividade prática e a contemplativa, e não há aqui o intuito de negar tal fato. Entretanto, é necessário questionar alguns limites dessa hierarquização, pois parece que ao atribuir exagerada importância a ela surgem não só contradições no pensamento aristotélico como também se perdem elementos fundamentais do viver humano, e está muito claro que é em torno deste viver que gira toda a preocupação das obras de Aristóteles.