Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Daniel Lins de
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Orientador(a): |
Faria, Sergio Miana de |
Banca de defesa: |
Fonseca, Carlos Elysio Moreira da,
Freire, Juliana Müller |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11377
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Resumo: |
O reestabelecimento das coberturas vegetais tem papel fundamental na recuperação de áreas degradadas em locais antropizados. Múltiplas estratégias devem ser empregadas para assegurar uma recuperação efetiva da biodiversidade nos locais afetados. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possibilidade de germinação e dispersão de sementes de espécies florestais pelas fezes de caprinos. Inicialmente foram coletadas 12 espécies e seis delas foram selecionadas com base no potencial germinativo do lote. Foram testadas as espécies Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr., Samanea saman (Jacq.) Merr., Pseudosamanea guachapele (Kunth) Harms, Mimosa caesalpiniifolia Benth., Acacia angustissima (Mill.) Kuntze e Guazuma ulmifolia Lam. Para a passagem das sementes através do trato digestivo, foram utilizados cinco cabras da raça Saanen com idade entre três e quatro anos e peso entre 45 e 50 kg. Foram montados dois experimentos: o primeiro com a coleta total das fezes e germinação das sementes em laboratório, o segundo com coleta através de amostragem e germinação em laboratório e em campo, numa área de pastagem. Foram fornecidas 200 sementes de cada espécie para cada animal simultaneamente e o material fecal foi coletado diariamente por três dias no primeiro experimento e quatro dias no segundo. As sementes recuperadas nas fezes dos caprinos foram levadas ao Laboratório de Leguminosas da Embrapa Agrobiologia, onde foram separadas e contadas para montar a curva de excreção e os testes de germinação. Os testes foram feitos em placas de Petri autoclavadas, que foram levadas para câmara de germinação do tipo BOD com temperatura constante de 28°C e fotoperíodo de 12 horas. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados no primeiro experimento e inteiramente casualizado no segundo com três repetições. O arranjo fatorial foi composto por três tipos de escarificação (controle, ácido sulfúrico e trato digestivo) e seis espécies florestais, resultando em 18 tratamentos. Semanalmente durante um mês, foram avaliados: o número de sementes germinadas, mortas e dormentes. A análise de variância indicou interação significativa entre os fatores espécie e escarificação nos dois experimentos. O teste de Scott-Knott indicou que as sementes das espécies S. saman e P. guachapele (no primeiro e no segundo experimento respectivamente), após serem excretadas pelos animais, tiveram uma taxa de germinação maior do que o controle, à 5% de significância. A escarificação com ácido sulfúrico foi considerado o melhor tratamento para todas as espécies em ambos os experimentos. Na parte de campo do segundo experimento, observou-se a emergência de 62 plântulas pertencentes à cinco da espécies estudadas. A única espécie cuja germinação não foi observada em campo foi G. ulmifolia. A passagem das sementes através do trato digestivo dos animais não impediu a germinação das sementes das espécies testadas e em alguns casos aumentou seu potencial. Caprinos tem a capacidade para dispersar efetivamente as sementes das espécies florestais estudadas. |