Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pimentel, Carolina Tosetto
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Orientador(a): |
Francelino, Marcio Rocha
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Banca de defesa: |
Francelino, Márcio Rocha
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Thomazini, André
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Mendonca, Bruno Araújo Furtado de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11287
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Resumo: |
No dia 05 de novembro de 2015 ocorreu o rompimento da barragem de Fundão, no município de Mariana/MG, quando 43,7 Mm3 de rejeitos de mineração de ferro foram lançados nos leitos e terraços dos rios a jusante. Quando depositados nos terraços fluviais, se criou condições para formação de Tecnossolos, com características muito particulares, e a necessidade de estudos específicos para essa região a fim de se mitigar os impactos gerados. No primeiro capítulo deste trabalho, é apresentado o histórico envolvendo o rompimento de barragens de rejeitos ao redor do mundo e no Brasil e as intervenções realizadas pela fundação responsável pela recuperação para estabilização dos rejeitos na área impactada pelo rompimento da barragem de Fundão. Se levantou 13 acidentes envolvendo barragens de contenção de rejeitos de mineração no Brasil, sendo 10 em Minas Gerais. Constatou-se que cada trecho foi afetado pelo rompimento da barragem de Fundão de uma forma específica e a fundação realizou várias práticas para estabilização dos rejeitos. As ações de recomposição florestal permitiram que áreas degradadas antes do rompimento pudessem ser recuperadas. O segundo capítulo, trata da caracterização química e análise quantitativa das frações da matéria orgânica do solo - MOS em amostras coletadas em dezembro de 2020 e janeiro de 2021 em 14 áreas distribuídas nos terraços dos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce, cinco anos após o rompimento da barragem. Se identificou que a maioria dessas áreas foi classificada como fracamente ácida, e há uma tendência de incremento de MOS na área afetada. As áreas 12 e 13, que eram reentrância do rio e foram aterradas, se diferenciaram das demais em vários atributos químicos do solo: MOS, Fe, Cu, Zn, Cr, Ni, e CTCe, entretanto, a cobertura vegetal de ambas são distintas, apresentando principalmente arbustos na 12 e gramíneas esparsas e áreas de solo exposto na 13. No fracionamento físico, se identificou que os teores de matéria orgânica particulada - MOP foram superiores nas áreas em relação a matéria orgânica associada a minerais - MOAM, porém nas duas últimas áreas, 13 e 14, houve a inversão dessa granulometria, o que evidencia que nesses locais ocorreu acúmulo de material mais fino, tanto pela maior distância da barragem, como pelo maior acúmulo de rejeitos. O C, N e C-lábil da fração MOAM foram mais representativos em relação a MOP da MOS e o teores de ambas as frações foram baixos, o que pode ser justificado pelo fato de a área apresentar pouco aporte de matéria orgânica. Áreas com cobertura florestal apresentaram maiores teores de C e N nas frações MOP E MOAM. |