Efeitos do enalaprilato em equinos desidratados por poliúria e restrição hídrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Gabriela Ferreira de
Orientador(a): Botteon, Paulo de Tarso Landgraf
Banca de defesa: Botteon, Paulo de Tarso Landgraf, Ribeiro Filho, José Dantas, Hess, Tanja Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14261
Resumo: O sódio é o principal eletrólito do espaço extracelular, fundamental para o controle da osmolaridade plasmática e pressão arterial, além de ser o único mineral para qual existe um apetite claramente definido. Para a homeostase do sódio e do fluido extracelular, os sistemas fisiológicos relatados incluem o sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA), peptídeo natriurético atrial (ANP) e ocitocina (OT). O comportamento ingestivo de sódio em ratos já está bem estabelecido e a inibição central do apetite por sódio já foi demonstrada. Porém, em algumas espécies domésticas, especialmente nos equinos, tema deste trabalho, este comportamento ainda não foi esclarecido. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos clínicos e hematológicos, além da avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico e do comportamento ingestivo de líquidos após a administração central de enalaprilato em equinos experimentalmente desidratados. Foram utilizados seis equinos adultos, machos, castrados, que permaneceram em jejum hídrico e alimentar por 72 horas, associado à administração de furosemida. Após 72 horas de jejum, os animais foram divididos em dois grupos experimentais, o Grupo Controle (GC) e o Grupo Tratado (GT), que recebeu 2,75 mg/animal de enalaprilato por via intracarotídea. Após, os animais tiveram livre acesso a água e a solução salina hipertônica (1,8% de NaCl). Os animais foram avaliados através de exame clínico, a cada 12 horas durante as 72 horas de jejum e 30, 60, 120, 180 minutos e 24 horas após o Enalaprilato. Foram avaliados o peso corporal, a quantidade de líquidos ingeridos, a pressão arterial média, parâmetros bioquímicos e eletrolíticos sanguíneos. A perda de peso corporal foi o parâmetro que melhor refletiu a desidratação, estimada em 10,5% ao final de 72 horas de jejum. Com o restabelecimento do acesso à água e solução salina, observou-se maior consumo total de água no GT (13,7 ± 12 L) que no GC (9,1 ± 7,9 L), sem diferença significativa entre os grupos (p = 0,3522). Não houve diferença significativa nos parâmetros clínicos e hematológicos avaliados entre o GC e o GT. O apetite por sódio foi reduzido significativamente (p = 0, 0396) no GT comparado ao GC, evidenciado 120 minutos após a administração do enalaprilato, demonstrando a ação central do inibidor de ECA (Enalaprilato) na inibição do apetite por sódio em equinos.