Fitossociologia de áreas enriquecidas com o palmiteiro Euterpe edulis (martius) em paisagens alteradas da Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pinheiro, Marco Aurélio Soares lattes
Orientador(a): Magalhães, Luís Mauro Sampaio lattes
Banca de defesa: Resende, Alexander Silva, Silva, Eliane Maria Ribeiro da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11371
Resumo: O presente estudo foi desenvolvido no Santuário de Vida Silvestre, Serra da Concórdia, Valença (RJ), com o objetivo de coletar informações que possam subsidiar o manejo e a conservação de Euterpe edulis na Floresta Atlântica; estudar a florística e a estrutura de uma floresta secundária submetida a enriquecimento; avaliar o desenvolvimento de E. edulis em plantio de enriquecimento e confirmar a viabilidade do desenvolvimento da cultura de palmito em remanescentes florestais impactados. Foram utilizados levantamentos florístico e fitossociológico em duas parcelas de 20x50m. Avaliou-se a viabilidade do plantio de enriquecimento com E. edulis através de análise de crescimento em duas parcelas de 20x50m. Foram estabelecidas quatro classes de tamanho de estipe exposta (C1=até 0,5m; C2 de 0,5 a 1,5m; C3 de 1,3 a 3,0m e C4 acima de 3,0m e com circunferência a altura do peito (CAP) 15cm) Cada parcela foi dividida em dez subparcelas de 10x10m, onde todos os palmiteiros da classe C4 tiveram suas medidas de CAP e altura de estipe exposta tomadas. Em cada subparcela de 10x10m foi alocada uma subparcela de 4,0x4,0m, em que os indivíduos das classes C1, C2 e C3 tiveram suas medidas de diâmetro de colo, CAP e altura de estipe tomados. Todos os palmitos foram identificados com placas de alumínio impressas em baixo relevo e afixadas com pregos de cobre. A parcela 1 se encontra em região mais baixa, próxima ao córrego, enquanto que a parcela 2 se localiza cerca de 50m acima da primeira parcela. Foram feitas duas medições com intervalo de seis meses e, ao final deste período, foram calculados os percentuais de sobrevivência e de mudança de classe. A análise do crescimento em cada amostra, e também entre elas, foi feita através do teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Caracterizou-se o fragmento através do índice de similaridade e diversidade de Margalef com outros sete remanescentes de Mata Atlântica com diferentes graus de impactação e estágios sucessionais distintos. Também foram comparadas algumas características abióticas entre os fragmentos. Os indivíduos de C1, C2 e C3 da parcela 1 cresceram significativamente quanto ao diâmetro de colo. Os indivíduos das mesmas classes da parcela 2 não tiveram crescimento significativo, mas houve crescimento significativo em altura de estipe exposta para estas classes. Os C4 da parcela 1 cresceram quanto ao CAP, mas os da parcela 2, não. Quanto à altura de estipe, em ambas as parcelas o crescimento foi significativo. Os percentuais de sobrevivência foram de 95,8% e 100% nas parcelas 1 e 2, respectivamente.