Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Vinicius José
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Orientador(a): |
Menezes, Elen de Lima Aguiar
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Banca de defesa: |
Menezes, Elen de Lima Aguiar
,
Mendonça, Cláudia Barbieri Ferreira
,
Matrangolo, Walter José Rodrigues
,
Queiroz, Jarbas Marcal de
,
Resende, André Luis Santos
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19249
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Resumo: |
Dentro dos princípios agroecológicos, os agroecossistemas devem privilegiar plantas de usos múltiplos e que otimizem processos biológicos. Fabaceae e Poaceae são reconhecidas como plantas para produção de fitomassa, plantas de cobertura do solo e adubos verdes, mas o potencial como plantas atrativas aos agentes de controle biológico (ACB) tem sido pouco explorado. As plantas atrativas podem prover abrigo e/ou fontes de alimento (e.g., pólen e néctar) para os ACB. Chrysoperla externa é um ACB nativo da região Neotropical, com larvas predadoras de artrópodes fitófagos e os adultos se alimentam de pólen e néctar, embora as larvas possam ser também polinívoras. A disponibilidade de flores provedoras desses recursos para C. externa devem, portanto, desempenhar um importante papel na conservação desse crisopídeo. Todavia, nem todas as flores possuem morfologia que permite o acesso dos insetos entomófagos ao pólen, cuja composição química pode afetar a biologia desses insetos. A assimilação de carbono dos pólens pelas larvas de C. externa ainda não foi registrada. Essas questões foram avaliadas e cujos resultados foram apresentados em três capítulos. No capítulo I, avaliou-se a acessibilidade dos polens de quatro espécies de Fabaceae [Cajanus cajan – guandu (GU), Canavalia ensiformis – feijão-de-porco (FP), Crotalaria juncea – crotalária (CR), Flemingia macrophylla – flemingia (FL)] e de quatro espécies de Poaceae [Avena strigosa – aveia-preta (AP), Pennisetum glaucum – milheto (MT), Sorghum bicolor – sorgo (SO) e Zea mays – milho (MO)] aos adultos, quando confinados com as flores e se há seleção entre os polens com base na quantidade de grãos de pólen consumidos e nas características dos polens (padrões de abertura, ornamentação e espessura da exina, tamanho dos polens e conteúdo de proteína bruta). Os adultos foram capazes de acessar os polens nas flores de CR, FP e todas as Poaceae. Observou-se ainda que, quando confinados com os polens extraídos das anteras, os adultos consumiram mais polens de MO, MT e SO do que os polens de CR e FP, sendo que as características morfológicas e nutricionais dos polens não governaram essa escolha. No capítulo II, avaliaram-se os efeitos do consumo dos polens de MO, MT, SO, CR e FP ofertados separadamente ou em mistura de uma espécie de Poaceae com uma espécie de Fabaceae (dietas dipolínicas), na biologia dos adultos em comparação à dieta padrão (levedo de cerveja e mel), à água e à solução de mel (50%). Os parâmetros biológicos dos adultos (longevidade e peso de macho e fêmea, período de pré-oviposição, período de oviposição, fecundidade, taxa de fecundidade e viabilidade dos ovos) alimentados com dietas com polens de MO, MT, SO, CR e FP, separadamente ou em mistura, se equiparam ao se alimentar com a dieta padrão. O capítulo III objetivou avaliar os efeitos das dietas monopolínicas de Fabaceae e Poaceae no desenvolvimento da larva de C. externa, com ou sem presa, e determinar a assimilação de carbono a partir dessas dietas. Os resultados obtidos mostraram que a onivoria é um hábito alimentar possível nas larvas carnívoras de Chrysoperla externa, quando na ausência de presa, sendo que, nessa condição, os polens de P. glaucum e Z. mays podem garantir a sobrevivência, o crescimento e o desenvolvimento dos três instares e da pupa desse crisopídeo em condições de laboratório. No geral, conclui-se que P. glaucum, Z. mays e C. juncea se mostram mais promissoras como plantas insetárias fornecedoras de polens tanto para os adultos e as larvas de C. externa. |