Análise dos fatores de risco relacionados à resistência ao Rhipicephalus microplus e à resposta imune-humoral anti-Anaplasma marginale em bovinos leiteiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Jenevaldo Barbosa da lattes
Orientador(a): Fonseca, Adivaldo Henrique da lattes
Banca de defesa: Machado, Rosangela Zacarias, Massard, Carlos Luiz
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11929
Resumo: Os objetivos do estudo foram avaliar o estado fisiológico, sazonalidade, idade, genética, número de lactações, produção leiteira, densidade de vetor e taxa de lotação como potenciais fatores de risco para a infestação pelo carrapato Rhipicephalus microplus e a frequência de anticorpos da classe IgG contra a Rickettsia Anaplasma marginale em bovinos leiteiros. Foram selecionados randomicamente 80 vacas e 20 bezerras pertencentes a Empresa de Pesquisa Agropecuaria do Rio de Janeiro por amostragem estratificada proporcional. Os animais foram acompanhados nos anos de 2008 a 2010. A avaliação da resistência dos bovinos ao R. microplus foi realizada através da contagem de fêmeas ingurgitadas ou parcialmente ingurgitadas de R. microplus. Os dados foram transformados em log 10 (2`count + 1). Em seguida, foram submetidos a análise da variância, testes t de Student ou Tukey e regressão linear. Para avaliar a resposta imune humoral contra A. marginale foi utilizado o Ensaio Imunoadsorção Enzimático Indireto. A frequência de animais soropositivos para A. marginale foi submetida ao teste χ2, e aquelas com p<0,2 foram oferecidas à análise multivariada. Foram observadas altas contagens de carrapatos (36 carrapatos/animal) e redução significativa (p<0.01) dos títulos de anticorpos contra A. marginale durante o parto. Foram considerados fatores de risco à anaplasmose o parto (OR 2.61, IC 1.08–7.63), estado fisiológico (OR 4.5, IC 0.12–0.38), genética (OR 3.83, IC 0.08–0.28), número de lactações (OR 33.7, IC 2.14–5.16), produção leiteira (OR 3.9, IC 2.24–7.03), infestação por R. microplus (OR 10.3, IC 0.05–0.17) e densidade animal (OR 22.3, IC 0.05–0.17). As bezerras apresentaram prevalência de 14% ao nascer, 66% aos 12 meses e 79% aos 24 meses. A baixa soroprevalência dos bezerros recém-nascidos (OR 4.90, IC 0.13–0.31) foi consequência da baixa prevalência do agente nas vacas e não pela deficiência na transferência de anticorpos colostrais. Embora localizada em uma área de estabilidade enzoótica, a propriedade foi classificada como instável para A. marginale.