Caracterização e importância da Tristeza Parasitária Bo-vina e estudo da variabilidade genética de Anaplasma marginale (Theiler, 1910) em bezerros da região noroeste de Minas gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Michele Bahia do Vale lattes
Orientador(a): Fonseca, Adivaldo Henrique da
Banca de defesa: Silva, Fábio Jorge Moreira da, Vilela, Joice Aparecida Rezende, Massard, Carlos Luiz, Santos, Huarrisson Azevedo, Peixoto, Maristela Peckle
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9774
Resumo: Este trabalho está dividido em dois capítulos e tem por objetivos: 1) Caracterizar a importância da rickettsia Anaplasma marginale e dos protozoários Babesia bovis e Babesia bigemina na ocorrência do complexo da Tristeza Parasitária Bovina (TPB) em bezerros na região Noroeste de Minas Gerais 2) avaliar a relação entre a diversidade genética de A. marginale e a ocorrência de surtos de anaplasmoses em bezerros da mesma região. No primeiro capítulo foram coletadas 300 amostras sanguíneas de bezerros e após extração de DNA foi realizada Nested- PCR utilizando oligonucleotídeos iniciadores que amplificam fragmentos dos genes sbp-4 (B. bovis) e rap-1a (B. bigemina) e a Semi-Nested para o gene msp5 (A. marginale). Esfregaços sanguíneos foram confeccionados destes animais. A prevalência de A. marginale foi de 55,66% (167/300), B. bigemina 15,33% (46/300) e B. bovis 4,0% (12/300) nos animais examinados por técnicas de PCR. Formas parasitárias de A. marginale e B. bigemina foram encontradas em 36,33% e 2,66% dos esfregaços sanguíneos, enquanto B. bovis não foi detectado. As taxas de infecções por faixa etária no grupo 1 (10-70 dias) de bezerros foram de 41,12%, 26,16% e 3,73% para A. marginale, B. bigemina e B. bovis, respectivamente. Enquanto no grupo 2 (> 70-300) as prevalências foram de 63,73%, 9,32% e 4,14% para os mesmos agentes, respectivamente. Foram examinados 15 animais com febre, perda de peso, mucosas hipocoradas, icterícia e anemia, sendo confirmados posteriormente por nested-PCR a infecção simples por A. marginale, todos animais pertenciam ao grupo 2. Para o segundo capítulo foram selecionados 30 bezerros previamente positivos (gene msp5) para A. marginale com infecção assintomática (n=24) e aguda (n=6) para o estudo da diversidade genética através da semi-nested PCR com alvo no gene msp1α. Após o sequenciamento das amostras foi determinado o genótipo e estruturas em tandem repeats. Treze diferentes estirpes foram encontradas αβFFF (9 animais), 13 27 27(3 animais), τ 27 18 (3 animais), αββ BRA1 31 (3 animais), α 22 13 18 (3 animais), 80 FFFF (2 animais), α 22 13 13, αββГ, MφφφφF, 42 25 25 31, QQQM, BQBQBM, 1617FF (um animal cada). O genótipo E foi predominante em 93,33% das amostras (28/30), seguidos pelos os genótipos C (3,33%) e G (3,33%). Uma nova estrutura repetida em tandem foi descrita no presente trabalho nomeada BRA 1 (TDSSSASGVLSQSGQASTSSQLG). A estirpe αβFFF esteve presente em seis animais com sinais clínicos de anaplasmose aguda com sinais clínicos de febre, perda de peso, icterícia e anemia. No Rebanho bovino estudado a anaplasmose é a principal causa de Tristeza Parasitária bovina. Alta diversidade genética de A. marginale ocorreu em animais persistentemente infectados. Entretanto durante surtos de anaplasmose bovina foi observada baixa diversidade genética. A estirpe αβFFF na região noroeste de Minas Gerais foi associada a anaplasmose aguda. O genótipo E foi predomina-te.