Exu e Hermes: um xirê intercultural?.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Assunção, Jefferson Machado de lattes
Orientador(a): Oliveira, Luiz Fernandes de lattes
Banca de defesa: Santos Junior, Renato Nogueira dos, Souza, Kelly Cristina Russo de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13125
Resumo: Este trabalho se propõe a lançar um questionamento sobre a ideia de descolonização do currículo da escola brasileira a partir de uma mudança epistemológica no que tange à abordagem da questão etnicorracial proposta a partir da lei 10.639/03. Será abordado o ensino da Cultura Afro-brasileira na perspectiva da religiosidade de matriz africana denominada Candomblé. O questionamento se fundamenta a partir da análise da mitologia nagô-iorubá invisibilizada nos quatro livros de sexto ano do Ensino Fundamental mais comercializados pelo PNLD entre 2011 e 2013 e, por outro lado, a visibilidade da mitologia grega nos mesmos livros.Urge refletir o porquê de os Deuses iorubás serem invisíveis nos conteúdos de história enquanto os deuses gregos transitam livremente por esses currículos. A quem interessa a manutenção no currículo de que devemos à Grécia e à Roma agradecimentos pelas raízes da ciência moderna, da filosofia e da religiosidade? A gênese não se deu na Europa, mas na África com as primeiras civilizações. Propor a subversão dessa ordem pelo viés mitológico significa aprofundar aspectos daquilo que é denominado de colonialidade do saber (Mignolo, 2003), ou seja, refletir e analisar teoricamente, a partir da comparação entre narrativas míticas das divindades iorubanas e suas correspondentes gregas,que a construção da modernidade europeia se fundamentou em visibilizar suas visões de mundo e invisibilizar outras, subalternizando-as.