Efeito das técnicas de restauração ecológica na estrutura, diversidade e composição de espécies na Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fernandes, Heron Casati lattes
Orientador(a): Sansevero, Jerônimo Boelsums Barreto lattes
Banca de defesa: Sansevero, Jerônimo Boelsums Barreto, Freitas, André Felippe Nunes de, Kunz, Sustanis Horn
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19639
Resumo: A degradação antrópica e as mudanças climáticas demandam esforços globais. A restauração ecológica é essencial para recuperar a vegetação nativa, enquanto a avaliação da estrutura e biodiversidade é fundamental para compreender o sucesso de áreas em restauração. Este estudo avaliou os efeitos de técnicas de restauração na estrutura e diversidade de uma área de preservação permanente na Mata Atlântica, localizada em Caraguatatuba-SP. O experimento possui três tratamentos: plantio em linhas (LI, espaçamento 2 x 2 m); núcleos (NU, 13 indivíduos/núcleo, espaçados a 5m); e controle (CO), sem plantio (restauração passiva). Após 10 anos do plantio, um levantamento florístico foi realizado em 8 parcelas (15 x 15 m) por tratamento, incluindo todos os indivíduos plantados e regenerantes com diâmetro à altura do solo >2,5cm. Estimou-se a abundância, área basal e riqueza de espécies da comunidade plantada e regenerante. As técnicas com plantio de mudas (LI e NU) foram superiores, significativamente, para todas as variáveis em relação a estratégia sem plantio (CO). Entre LI e NU, uma diferença foi observada na abundância da regeneração, sendo maior em LI. Além disso, a curva de rarefação demonstrou que, com o aumento do esforço amostral, há tendência de maior riqueza para LI. Ao avaliar a trajetória sucessional, foi observada maior variação na composição de espécies no tratamento LI, após 10 anos do plantio. A taxa de mortalidade foi alta em ambos os tratamentos com plantio, sendo maior no NU que na LI. A composição de espécies de LI e NU foi similar, mas diferiu da composição do CO. As espécies indicadoras da regeneração de cada tratamento foram Annona glabra (LI), Trema micrantha (NU) e Vernonanthura polyanthes (CO). Embora a regeneração seja comparável entre as técnicas de plantio de mudas, a restauração ativa em linhas tende a apresentar valores superiores de regeneração natural do que a nucleação e o controle. Isso pode ser atribuído à menor densidade de plantio em linhas, favorecendo a regeneração natural em comparação com a nucleação, onde os indivíduos foram agrupados.