Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Mauro Toledo Silva
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Orientador(a): |
Ferreira, Andrey Cordeiro |
Banca de defesa: |
Ferreira, Andrey Cordeiro,
Andriolli, Carmen Silvia|,
Lerrer, Debora Franco,
Gerhardt, Cleyton Henrique |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11559
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Resumo: |
Na década de 1970 a região norte de Minas Gerais passa a integrar o circuito de expansão do sistema produtivo capitalista em que o Estado atua como agente de concretização, estimulando a implementação de grandes projetos econômicos na região. Ao longo dos anos o processo de territorialização dos projetos econômicos são responsáveis por reconfigurar e sobrepor territorialidades tradicionais locais, porém na virada do século XXI a região é palco do fenômeno conhecido como (des)invisibilização dos povos e comunidades tradicionais. A cena de efervescência social da constituição de 1988 foi responsável pela emergência de um mosaico de grupos sociais que tinham e têm como pauta a manutenção dos seus modos de vida e a retomada dos seus territórios tradicionais. Nesse contexto comunidades tradicionais localizadas ao longo da serra Geral, no norte de Minas Gerais, se reconhecem enquanto geraizeiras e reivindicam seus territórios, questionando a impositiva lógica de ocupação e o modelo de “moderno colonial” dos projetos econômicos que se materializaram na região, entre eles, os complexos industriais de eucalipto. O presente trabalho trata, assim, da comunidade tradicional geraizeira de Catanduva na região do alto rio Pardo, ao norte do estado mineiro, a partir de estudo realizado no período de 2017 a 2019. O processo de implantação dos projetos econômicos de monocultivo industrial de eucalipto desarticula a “tessitura territorial” geraizeira, socialmente construída pelo modo de vida tradicional. Através da mobilização regional em torno da identidade tradicional e defesa do território do gerais os grupos gerazeiros são responsáveis pela articulação para a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) “Nascentes Geraizeiras”, em que Catanduva se insere ao passar por um novo processo de territorialização. Com o objetivo de analisar as reconfigurações territoriais que se sucedem na comunidade desde intervenção dos projetos econômicos da década de 1970 até a recente criação da RDS, este trabalho identificou as noções com as quais os geraizeiros de Catanduva compreendem o que é o “território”, bem como a influência da territorialidade e dos saberes tradicionais na trajetória da implementação da RDS que pleiteia o manejo adequado dos recursos naturais a ser protagonizado pelas comunidades geraizeiras. |