Estrutura da comunidade de formigas poneromorfas (Hymenoptera:Formicidae) em uma área da Floresta Amazônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Pereira, Luana Priscila de Carvalho lattes
Orientador(a): Queiroz, Jarbas Marçal de
Banca de defesa: Queiroz, Jarbas Marçal de, Santos, Iracenir Andrade dos, Silva, Rogério Rosa da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11270
Resumo: As florestas tropicais tem sido reconhecidas como o bioma do planeta que possui a maior riqueza de espécies, além de elevado endemismo. A floresta amazônica faz parte desse cenário e sua alta diversidade ainda não foi totalmente identificada, assim como os padrões que a regulam. Embora as pesquisas sobre a biodiversidade desse bioma tenham avançado nos últimos anos, determinados grupos ainda apresentam conhecimento restrito sobre sua distribuição geográfica e sazonal ou até mesmo são ignorados em estudos de monitoramento, conservação e manejo. Nesse sentido, o objetivo principal desse estudo foi conhecer a composição, riqueza e raridade das espécies de formigas poneromorfas utilizando diferentes técnicas de amostragem, assim como investigar o efeito da sazonalidade e de determinados fatores ambientais na comunidade. As formigas foram coletadas na Floresta Nacional Tapirapé-Aquirí em julho de 2009, janeiro e julho de 2010, e janeiro de 2011 em três áreas distintas (A1, A2 e A3). Nas áreas A1 e A2 foram determinados quatro pontos de amostragem no interior da mata onde foram feitos dois transectos de 100 metros e instalada a cada 10 metros uma armadilha tipo pitfall e iscas atrativas de sardinha sobre a vegetação subarbustiva e no solo. O pitfall permaneceu ativo por 48 horas e as iscas durante uma hora. Na área A3 foi determinada apenas uma distância dentro da mata onde foram realizados os mesmos procedimentos de amostragem. Foram encontradas 46 espécies de formigas poneromorfas, pertencentes a oito gêneros. A técnica de amostragem que teve maior eficácia em relação a riqueza da mirmecofauna encontrada foi o pitfall, que registrou 44 espécies (95,7% do total) e incluiu todos os gêneros encontrados. Em seguida, a isca no solo apresentou riqueza de 19 espécies (41,3% do total) e a isca sobre a vegetação apresentou riqueza de seis espécies (13% do total). Todas as formigas encontradas pertencem a duas sub-famílias, sendo elas Ponerinae e Ectatomminae. As espécies Gnamptogenys striatula Mayr, 1883 e Pachycondyla unidentata (Mayr, 1862) foram encontradas apenas nas iscas sobre a vegetação, estando ausentes nas iscas no solo e no pitfall em toda amostragem. Os resultados para composição da fauna de formigas poneromorfas e sua distribuição sazonal indicam não haver uma clara estratificação na comunidade, sendo que as espécies de formigas que ocorreram na estação seca e na estação chuvosa não formam grupos distintos nas três áreas amostradas. Os testes estatísticos aplicados para avaliar a influência das variáveis ambientais medidas sobre a distribuição das espécies de formigas poneromorfas não revelaram padrões de associação. A identificação das espécies encontradas tem especial relevância pelo fato de contribuir para a consolidação do conhecimento da biodiversidade de formigas poneromorfas na Floresta Amazônica e permitir estudos comparativos com outras regiões de floresta tropical.