Dinâmica de plantas espontâneas e desempenho de milho em sucessão a adubos verdes, sob manejo orgânico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferreira, Jucielle Rocha lattes
Orientador(a): Espindola, José Antonio Azevedo
Banca de defesa: Espindola, José Antonio Azevedo, Machado, Aroldo Ferreira Lopes, Campos, David Vilas Boas de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10412
Resumo: Em sistemas orgânicos de produção, a adubação verde e o uso de cobertura morta são recomendados, de forma a manter ou recuperar a fertilidade dos solos e promover a ciclagem de nutrientes, além de manejar a população de plantas espontâneas. Espécies espontâneas podem causar prejuízos às culturas de interesse econômico, o que pode ser explicado pela competição por água, luz e nutrientes nas áreas cultivadas. Objetivou-se nesse trabalho avaliar o desempenho agronômico de milho verde e a dinâmica populacional de plantas espontâneas após cultivo de adubos verdes. O experimento foi realizado em um Planossolo, localizado no Sistema Integrado de Produção Agroecológica, no município de Seropédica, RJ, no período de outubro de 2014 a junho de 2015. O delineamento experimental adotado foi de blocos casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos constaram de cultivo prévio de crotalária (Crotalaria juncea), feijão de porco (Canavalia ensiformis), mucuna preta (Mucuna aterrima), girassol (Helianthus annuus), sorgo (Sorghum bicolor) e pousio com vegetação espontânea. A semeadura dos adubos verdes foi realizada no mês de outubro e seu cultivo se deu até os 113 dias após a semeadura, realizando-se então sua roçada. Cinco dias após a roçada e deposição dos resíduos culturais ao solo, foi realizada semeadura direta do milho variedade Caatingueiro, com espaçamento de 1,0 m entre linhas e densidade de cinco sementes por m-1 linear, totalizando 50.000 plantas por hectare. A população das plantas espontâneas foi avaliada aos 15, 30, 45 e 60 dias após o plantio do milho, através da coleta de amostras da população espontânea para identificação e quantificação das espécies e da produção da biomassa seca. Os dados obtidos foram utilizados na determinação de índices fitossociológicos. A biomassa seca dos adubos verdes foi maior para os tratamentos crotalária e sorgo. Por sua vez, a biomassa seca das plantas espontâneas foi maior na presença da cobertura do solo com mucuna preta. Quanto à produtividade de espigas despalhadas, produtividade de biomassa aérea do milho, diâmetro, comprimento e teores de N no grão e na parte aérea, não houve diferença significativa entre os tratamentos. A população de plantas espontâneas foi influenciada em sua composição, em função dos adubos verdes cultivados. A cobertura com sorgo mostrou-se eficiente quanto à produção de biomassa vegetal e controle de plantas espontâneas. A crotalária e o sorgo atingiram quantidade de biomassa acima da recomendada para adequada implantação do sistema plantio direto.