Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Olívia Chaves de |
Orientador(a): |
Costa Neto, Canrobert Penn Lopes
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12457
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Resumo: |
O presente trabalho objetiva revelar os resultados da pesquisa qualitativa, feita na Ilha da Marambaia, situada em Mangaratiba, litoral Sul do Estado do Rio de Janeiro, tendo como objetos de investigação a relação entre a população que lá reside - composta por descendentes de escravos do Comendador Breves, caiçaras e ex-alunos e funcionários da Escola Técnica de Pesca Darcy Vargas (1939 1970) - e a E. M. Levy Miranda, no que tange aos aspectos pedagógicos, aos anseios da comunidade, ao perfil da escola, às questões curriculares e às possibilidades de projeto educacional, associando os princípios da educação do campo e educação profissional. Este último foi acrescentado ao longo do trabalho de campo, sendo apontado como demanda para os jovens da comunidade. Partindo das hipóteses de que a escola municipal, da forma como vem trabalhando não resgata a cidadania e não interage com as especificidades da comunidade, a comunidade possui um perfil sócio- histórico-cultural, que lhe permite formular um projeto com base nos princípios da educação do campo para a escola local. A população é reconhecida oficialmente como remanescente de quilombo desde 2005, pela Fundação Cultural Palmares, utilizando-se de instrumentos legais que garantem os direitos de grupos específicos, a saber: o artigo 68 (ADCT) da Constituição Federal de 1988, a Convenção 169 OIT e o Decreto nº 4. 887 de 2003, tendo como características principais a combinação da pesca, com técnicas tradicionais caiçara, a pequena agricultura, o envolvimento na luta pela regularização das terras onde vivem e a preservação da história e cultura do grupo, pelos jovens. As entrevistas, observações participantes, pesquisas teórica e documental com as famílias de alunos da E. M. Levy Miranda e o presidente da associação de moradores, atores envolvidos no contexto educacional do Município, e conseqüentemente, da unidade escolar e dos profissionais ligados à educação, mostraram, por parte das famílias, a preocupação com o futuro de seus filhos com relação às condições e oportunidades de trabalho na própria Ilha, para que não tenham que continuar saindo, como fazem hoje, a que justifica, com base na experiência de educação profissional ocorrida na Escola Pesca, o anseio das famílias pelo retorno de um ensino profissional ligado ao setor da pesca, adequado à realidade da Marambaia. Por parte da escola e do sistema educacional, do qual faz parte, verificou-se a oferta da escolarização para educação infantil e ensino fundamental baseada em diretrizes curriculares homogêneas para todas as unidades, cujas conexões com a realidade local depende dos gestores locais. Isso, somado a outros fatores, contribui para a falta de estímulo aos estudos e para a saída dos jovens tanto da escola quanto da Ilha, em busca de outras oportunidades, representando alguns dos limites da educação formal na Ilha da Marambaia. A partir disso, forma identificadas possibilidades de um projeto que associe o ensino profissional, de acordo com a legislação vigente, com o E-tec Brasil e o Centro Vocacional Tecnológico, e os princípios da educação do campo, com a pedagogia da alternância, que atende as demandas por uma educação que re-signifique o espaço rural brasileiro. |