Principais barreiras para a implantação e manutenção do sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) em uma micro empresa (MPE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Jamile Maureen de Sousa lattes
Orientador(a): Costa, Stella Regina Reis da lattes
Banca de defesa: Costa, Stella Regina Reis da, Costa, Dilma Alves, Ramos, Gaspar Dias Monteiro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10974
Resumo: Os consumidores atuais buscam cada vez mais por alimentos seguros e as indústrias vêm se empenhando em atender às expectativas deste cliente, além de se enquadrar às especificações legais. Entretanto, as doenças transmitidas por alimentos (DTAs) ainda representam um grande problema de saúde pública. O sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) é uma importante ferramenta de controle dos perigos que podem estar presentes na cadeia produtiva. Porém, ainda existem diversas barreiras para a sua implantação, principalmente nas Micro e Pequenas Empresas (MPE). Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi obter um diagnóstico das principais barreiras enfrentadas por uma micro empresa para a implantação e manutenção do APPCC e estabelecer diretrizes para facilitar esse processo. A aplicação de entrevistas para a direção da empresa e de questionários direcionados ao escalão operacional e gerencial foram as ferramentas utilizadas na condução do estudo de caso para elucidar os principais fatores dificultadores do processo de implantação e manutenção do APPCC. A literatura apontou como principais barreiras a falta de conhecimento técnico, de motivação, de recursos financeiros e de tempo, além de deficiências de gestão e de políticas governamentais relativas à segurança alimentar. No estudo de caso também foi possível observar estes agentes como barreiras expressivas para a implantação do APPCC. As diretrizes propostas para facilitar esse processo contemplam o estabelecimento de um programa de capacitação e educação, que deve ser iniciado previamente à implantação do sistema, e mantido após a sua implantação. O desenvolvimento de profissionais com habilidades de gestão e liderança para a condução do programa, a flexibilização da ferramenta, o fortalecimento das políticas públicas a respeito da segurança alimentar com foco na pequena empresa e fiscalizações mais rigorosas, devem ser metas governamentais, além de programas motivacionais, destacando os benefícios da implantação da ferramenta, tanto no âmbito industrial, quanto para a conscientização dos consumidores. Concluiu-se que a falta de capacitação técnica e falta de gestão foram os principais obstáculos que dificultaram o processo de implantação eficaz do sistema, apesar de fatores como a falta de tempo e de recursos financeiros também se destacarem. As barreiras devem começar a ser geridas antes mesmo da implantação do programa, desenvolvendo estratégias que aumentem a probabilidade de sucesso. Os pontos chaves nesse processo são a capacitação e educação dos envolvidos através de treinamentos e a gestão adequada dos recursos humanos, que deve ser contínua, visando a manutenção da eficiência do sistema ao longo do tempo. Para a implantação de um sistema APPCC bem sucedido é necessário um esforço coletivo, do governo e das MPE, no sentido de incorporar e consolidar a filosofia do programa e melhorar a oferta de alimento seguro