Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Santana, Jorge André Vergueiro
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Orientador(a): |
Olivares, Emerson Lopes
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Banca de defesa: |
Olivares, Emerson Lopes,
Rocha, Fábio Fagundes da,
Marassi, Michelle Porto,
Fortunato, Rodrigo Soares |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14932
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Resumo: |
O abuso de esteróides anabólicos androgênicos (EAA), dentro e fora do cenário esportivo, se constitui atualmente em grande problema de saúde pública. Embora, estudos relativos a alterações comportamentais e hidroeletrolíticas induzidas por EAA sejam bem conhecidos, o mesmo já não se observa quando esses parâmetros são analisados em conjunto (no mesmo estudo). Além disso, alterações tardias (na fase adulta) induzidas pelo uso abusivo de EAA na adolescência são ainda mais raras. Assim, o principal objetivo deste estudo, foi avaliar possíveis alterações comportamentais, hidroeletrolíticas e autonômicas de ratos adultos sedentários ou fisicamente ativos submetidos ao tratamento com EAA na fase juvenil. O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CEPBE/IB/UFRRJ-014/2008), e seguiu as normas propostas pelo “Guide for the Care and Use of Laboratory Animals” (Instituto Nacional de Saúde Norte Americano). Foram utilizados 40 ratos Wistar jovens (40 dias) e 10 casais de residentes (90 dias). Os animais foram divididos aleatoriamente nos seguintes grupos: tratados com proprionato de testosterona (Grupo PT) na dose de 5mg/kg/dia (i.m.) ou veículo (óleo de milho) no mesmo volume e via de administração (Grupo Controle, CTR) por 5 semanas ininterruptas. Ambos os grupos foram subdivididos em sedentários (PTsed ou CTRsed) e fisicamente ativos (PTexe ou CTRexe). Na 4a semana de administração (9 semanas de idade), os animais foram submetidos ao teste de agressividade e os resultados mostraram aumento significativo deste parâmetro (P < 0,05) no grupo PTsed em relação ao seu controle (CTRsed). Curiosamente, o aumento da agressividade foi amplamente inibido pelo exercício físico resistido, uma vez que não foram observadas diferenças significativas nos parâmetros que avaliam agressividade (ataques efetivos e ameaças) entre os grupos PTexe e CTRexe (P < 0,05) sendo ambos similares aos do grupo controle CTRsed. No teste do campo aberto houve aumento significativo tanto da exploração horizontal (número de quadrados percorridos/5 min.) como na vertical (número de rearings/5 min.) e diminuição no tempo de imobilidade no grupo PTsed comparado ao CTRsed (P < 0,05). Mais uma vez, o EFR foi capaz de reverter o efeito produzido pelo EAA, pois não houve diferença nestes parâmetros entre os grupos PTexe e CTRexe (P < 0,05) sendo ambos similares aos do grupo controle CTRsed. No teste do labirinto em cruz elevado não houve alteração significativa no tempo de permanência em nenhum dos braços entre os grupos, mas, as freqüências de entradas nos braços tiveram significativas diferenças por o grupo tratado PTsed ter maior número significativo que do seu respectivo controle CTRsed em ambos os braços, o que sugere inibição do efeito ansiolítico nos protocolos de administração de EAA e de EFR utilizados neste estudo. No estudo hidroeletrolítico houve aumento significativo (P < 0,05) na ingestão cumulativa de água e sódio no CTRexe, a partir de 60 minutos e assim por diante até o término do teste, em relação aos demais grupos em condições basais. O grupo tratado com EAA e que praticou exercício físico (PTexe) não apresentou este efeito, o que sugere que o PT foi capaz de prevenir as respostas adaptativas ao EFR. No estudo da variabilidade da frequência cardíaca observou-se que o tratamento com EAA aumentou a modulação simpática (diminuiu a parassimpática) no grupo sedentário tratado com PT e que este efeito, foi totalmente bloquedo pelo EFR, pois não houve diferença no balanço simpato-vagal cardíaco entre os grupos PTexe e CTRexe (P < 0,05) sendo ambos similares aos do grupo controle CTRsed. O tratamento com EAA na fase juvenil (adolescência) aumentou a agressividade e a atividade exploratória dos ratos na fase adulta e o protocolo de exercício utilizado foi efetivo em prevenir tais alterações. Além disso, as respostas hidroeletrolíticas adaptativas de aumento de ingestão de fluidos induzidos pelo exercício foram bloqueadas pelo uso de EAA na adolescência. É possível que este efeito mal adaptativo observado nos animais fisicamente ativos tratados com EAA, possa ser explicado, pelo menos em parte, pelo aumento da modulação simpática, conhecidamente retentora de sal e água observada na análise espectral. Apoio Financeiro: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. |