Tem risco, mas na minha casa não: análise da percepção ambiental de risco da Comunidade Amazonas, Petrópolis - RJ
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13750 |
Resumo: | Petrópolis, localizada na região serrana do Rio de Janeiro, sofreu ao longo da história inúmeros desastres relacionados com movimentos de massa e enxurradas, como os dos anos de 1988, 2001, 2011, 2013. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a percepção da população residente em áreas de risco na comunidade Amazonas, localizada no município de Petrópolis-RJ. Esta região apresenta diferentes graus de risco relacionados aos movimentos de massa e tem vivenciado esses desastres nas últimas décadas. Entende-se que os estudos tecnicistas sobre os riscos não são suficientes para a compreensão da complexidade que envolve essas ocorrências, o que tem levado um descompasso entre as decisões do poder público e atitudes da população envolvida. A questão central é que a percepção de risco da população moradora dessas regiões é limitada e por este motivo a vulnerabilidade é aumentada. Os Planos de Redução de Risco de Petrópolis e as características ambientais foram analisados, buscando-se compreender as condicionantes locais que podem acarretar os desastres. Observou-se que a distribuição desigual dos padrões de ocupação é consequência da ocupação socioespacial de Petrópolis, configurando um quadro de injustiça ambiental. A vulnerabilidade econômica apresenta-se como fator chave para compreensão desta realidade. Foram realizadas entrevistas com moradores e oficinas no Centro de Referência Social – Amazonas, abrangendo participantes de diferentes faixas etárias. A pesquisa possui caráter qualitativo e usou como base na Análise Textual Discursiva, que tem a premissa de fragmentação dos textos bases em pequenas unidades de analise. Posteriormente, é necessária a categorização destes fragmentos, no qual visa encontrar novas relações entre os fenômenos. A partir daí, surge o novo emergente, uma nova compreensão sobre a realidade. De acordo com os dados obtidos, os moradores compreendem as causas naturais e antrópicas para a ocorrência dos desastres, estão cientes das possíveis medidas de prevenção, assim como da presença de áreas apontadas como de risco pela Defesa Civil, porém a maioria não se reconhece inserido nestas áreas. Esta análise pode subsidiar ações de gestão dos riscos, no qual tem se mostrado um dos maiores desafios na atualidade. |