Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Bartolomeu Benedito Neves dos
 |
Orientador(a): |
França, Ticiana do Nascimento
 |
Banca de defesa: |
França, Ticiana do Nascimento,
Carvalho, Vivian de Assunção Nogueira,
Driemeier, David,
Bezerra Junior, Pedro Soares,
Costa, Samay Zillmann Rocha |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
|
Departamento: |
Instituto de Veterinária
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19105
|
Resumo: |
O mastocitoma cutâneo canino (MCC) é uma das neoplasias mais frequentes em cães e seu prognóstico é muito variável. Apesar de existirem métodos de graduação histológica, marcadores imuno-histoquímicos e análises moleculares para auxiliar no prognóstico da maioria dos casos, não há nenhum meio de prever-se o comportamento de todos os casos de MCCs, sobretudo aqueles mais frequentes, os de Grau II Patnaik/Baixo Grau Kiupel. Além disso, os principais métodos complementares de imuno-histoquímica (IHQ) prognóstica para MCCs sofrem com a variedade de metodologias empregadas na literatura e consequentemente com a falta de padronização e consenso sobre essas metodologias. A cadeia α do receptor de interleucina 3 (CD123), que vem sendo estudada na Medicina Humana como marcador diagnóstico para neoplasias linfohematopoiéticas, é imunodetectada em parte das mastocitoses humanas e apontada como fator prognóstico. Esse marcador ainda vem sendo extensivamente testado em diversos experimentos como alvo terapêutico para neoplasias humanas, sobretudo leucemias refratárias/recidivantes e neoplasias de células dendríticas plasmocitoides blásticas. Apesar do aparente potencial desse biomarcador na Medicina Humana, na Medicina Veterinária ele ainda não havia sido reportado em estudos que demonstrassem claramente a sua detecção em amostras caninas. Essa pesquisa, a partir de uma amostragem de 63 MCCs (30 de baixo grau e 33 de alto grau), demonstrou que 58,7% (37/63) dos casos foram imunocorados com CD123, sendo 43,3% (13/30) dos casos de baixo grau e 72,7% (24/33) dos casos de alto grau positivos. Além disso, analisamos a intensidade da imunomarcação nos casos positivos em dois níveis (fraca e consistente). A imunomarcação dos MCCs com CD123 foi positivamente relacionada com o alto Grau de Kiupel (p = 0,020) e, a intensidade da imunomarcação apresentou relação positiva para marcação consistente em MCCs de alto grau Kiupel (p < 0,001). Anteriormente a esse resultado realizamos uma metodologia extensa de padronização e validação por comparação de padrões de marcação do CD123, desde a verificação de reação de um anticorpo anti-CD123 monoclonal versus policlonal com diferentes sistemas de detecção e comparação com o padrão de marcação em controles humanos. Também investigamos a imunodetecção do CD123 em diversos tecidos caninos não neoplásicos e em amostras de neoplasias linfohematopoiéticas benignas e malignas em uma lâmina de TMA com cores de 2mm de espécimes de plasmocitomas cutâneos, histiocitomas cutâneos, sarcomas histiocíticos e mieloma múltiplo. Por fim, demonstramos que o método de detecção IHQ por polímero de duas etapas pode interferir no padrão de marcação do KIT em MCCs, em que casos imunomarcados como padrão KIT I e II no método de detecção por polímero em reação de uma etapa, se mostraram como um padrão KIT III no método de detecção por polímero de duas etapas, o que infere grande mudança na interpretação do prognóstico auxiliar dependente dessa técnica. |