Scolytidae (Coleoptera) degradadores de essências de mangue no Município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Pereira, Cláudio Henrique lattes
Orientador(a): Cassino, Paulo Cesar Rodrigues
Banca de defesa: Cassino, Paulo César Rodrigues, Carvalho, Acácio Geraldo de, Souza, Solange São-Paulo de, Aguiar-Menezes, Elen de Lima, Patiu, Kátia de Mello
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9229
Resumo: Estudos para observação de insetos da família Scolytidae (Coleoptera), em essências de mangue, foram realizados no Município do Rio de Janeiro, Barra da Tijuca, Parque da Gleba “E” – Área 1 e Barra de Guaratiba – Área 2, durante 25 meses, de agosto de 1999 à agosto de 2001, baseando-se na observação semanal de toletes de três essências ocorrentes nestas áreas: Rhysophora mangle L. (Rhysophoraceae), Avicennia schaueriana STAPFT & LEECHM (Acanthaceae) e Hibiscus pernambucensis L. (Malvaceae). Foram utilizados 120 toletes de cada essência em cada área. Posteriormente à observação da ocorrência do ataque dos Scolytidae às essências, foram retirados, quinzenalmente amostras de 10 cm de cada tolete, para observação em laboratório. Os números de perfurações, número de insetos capturados, número de galerias e de larvas foram analisados estatística e graficamente em relação aos dados climáticos coletados junto à Estação Meteorológica do Aeroporto de Jacarepaguá (área 1) e a Estação Experimental do Instituto Nacional de Meteorologia, INMET, RJ, localizada na Barra de Guaratiba (área 2). Foram capturadas nove espécies de Scolytidae, distribuídas em seis gêneros: Xileborus, Hypotenemus, Premnobius, Ambrosiodmus, Cryptocaremus e Cnesinus. As espécies mais significativas nas duas áreas foram Xileborus affinis (29,70%), Hypothenemus eruditos (23,17%) e Ambrosiodmus haguedorni (20,78%). Houve correlação significativa entre a densidade populacional e as variações climáticas para as três espécies de Scolytidae com maior percentual de ocorrência. Obsevou-se picos de ocorrência nos meses de janeiro e fevereiro e queda nos meses de junho, julho e agosto. Houve variação significativa na preferência de incidência dos coleópteros em relação às essências botânicas, sendo Rhysophora mangle a mais atacada e Hibiscus pernambucensis a menos atacada. Ainda foram utilizadas armadilhas com isca de etanol Modelo Carvalho – 47, para a captura dos Scolytidae. As observações e coletas dos insetos foram realizadas semanalmente. Os dados sofreram os mesmos tratamentos estatísticos. Os resultados obtidos com as armadilhas não diferiram dos obtidos com a utilização dos toletes. Constatou-se que a área com maior incidência dos insetos foi a área 2, que apresenta uma vegetação mais degradada em detrimento da área 1 a qual apresenta um manguezal mais preservado.