A Pedagogia da alternância e a construção do conhecimento agroecológico no norte do estado do Espírito Santo: desafios e possibilidades.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira Júnior, Celso Eulálio lattes
Orientador(a): Carvalho, Igor Simoni Homem de lattes
Banca de defesa: Carvalho, Igor Simoni Homem de lattes, Gregorio, Sandra Regina lattes, Lima, Viviane Cristina Silva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12725
Resumo: O surgimento e avanço do agronegócio sobre o norte do estado do Espírito Santo provocou profundas transformações ambientais, sociais, políticas e econômicas no território capixaba, as quais resultaram na organização de diversas pessoas que, por meio de iniciativas individuais e coletivas, através de organizações, movimentos sociais e profissionais, buscaram alternativas para contrapor esse sistema. Nesse sentido, o movimento que inicia com base nas agriculturas alternativas, principalmente nos anos 1980, avança para a Agroecologia no final de 1990, e, desde então, ela vem se despontando como uma possibilidade para superação do sistema hegemônico, amplamente instalado no território. Os Centros Familiares de Formação em Alternância (Ceffas) têm sido um importante parceiro dos camponeses, contribuindo historicamente com suas lutas, e sendo importante formador de lideranças e praticantes da Agroecologia, haja vista que grande parte desses, em algum momento de sua vida, estabeleceu algum tipo de relação com essas escolas. Contudo, nos últimos anos, alguns questionamentos têm aparecido sobre a efetiva contribuição das escolas de ensino médio que ofertam o curso técnico em agropecuária, na construção do conhecimento agroecológico. Dessa forma, com o presente estudo, buscamos aprofundar essas questões, procurando investigar a relação existente entre essas escolas e a construção do conhecimento agroecológico. Para isso, apoia-se nos pressupostos da pesquisa-ação, que possibilitou uma pesquisa participativa, envolvendo através da Raceffaes, os representantes das famílias e dos/as educadores/as das escolas e, por meio da Articulação Capixaba e Agroecologia, com as organizações sociais do campo que se relacionam com a Agroecologia. Os resultados alcançados demostram que os Ceffas nem sempre possuíram uma proposta alternativa em relação à agricultura, mas que sempre estiveram comprometidos com as causas camponesas e com o desenvolvimento humano. A partir de seu envolvimento com a agricultura alternativa, principalmente com a agricultura entre os anos de 1980 a até meados dos anos 1990, e depois com a Agroecologia ao final dos anos 1990, as escolas pesquisadas, apesar dos desafios enfrentados na dimensão política e pedagógica, estão buscando fortalecer sua práxis agroecológica, fortalecendo a sua construção nos territórios onde estão inseridas e contribuindo para a superação do capitalismo.