Mistura polimérica espirulina/carboximetilcelulose como veículo de inoculação de Bradyrhizobium japonicum em feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Freitas, Carla de Sant'Anna lattes
Orientador(a): Oliveira, Paulo Jansen de lattes
Banca de defesa: Costa, Dilma, Xavier, Gustavo Ribeiro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13411
Resumo: O melhoramento da Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN), que pode ser feito através do uso de inoculantes rizobianos, supre a deficiência do nitrogênio nas culturas, sem grande aumento de custo na produção. Portanto, a busca por novos produtos para serem utilizados como veículos de inoculação que possam substituir a turfa, que é o veículo mais utilizado, é uma demanda crescente por partes das indústrias nesse setor. Para isso, nesse trabalho de dissertação foi investigada e testada a mistura polimérica espirulina/CMC como veículo de inoculação para a estirpe BR 3262 de Bradyrhizobium japonicum em sementes de feijãocaupi (Vigna unguiculata), uma das principais culturas da agricultura familiar no semiárido brasileiro. Foram preparadas seis composições de espirulina/CMC contendo diferentes concentrações de espirulina. As misturas foram inoculadas e utilizadas com tempos de incubação do rizóbio de 13 e 47 dias. Os experimentos foram realizados em casa de vegetação e câmara de crescimento de plantas tipo Fitotron para avaliar a estabilidade dimensional, germinação, sobrevivência de células rizobianas na mistura, teor de nitrogênio, teor de clorofila, massa seca e número de nódulos, além de testes de reologia para avaliação da interação entre as fases espirulina e CMC. Os experimentos mostraram que a mistura polimérica espirulina/CMC foi capaz de aumentar, ao fim de 28 dias, as células rizobianas inicialmente inoculadas em cerca de 100 vezes, atingindo valores de 109 ufc.mL-1. Os resultados de teor de nitrogênio, teor de clorofila, massa seca e número de nódulos das plantas inoculadas com a mistura foram semelhantes aos obtidos com a turfa e o tempo de estocagem não apresentou diferença nos resultados. Os resultados obtidos nos ensaios reológicos mostraram que a mistura apresentou comportamento não newtoniano. Onde, em baixas frequências há predominância da espirulina sobre os efeitos elásticos da mistura, sugerindo uma boa interação entre as fases, entretanto, quando a frequência aumenta há predominância dos efeitos elásticos do CMC, sugerindo a diminuição da interação entre a espirulina e o CMC na mistura. Concluindo-se que a mistura polimérica espirulina/CMC pode ser uma alternativa aos veículos de inoculação já existentes, como a turfa.