Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Caroline de Melo
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Orientador(a): |
Arthur Junior, Jose Carlos |
Banca de defesa: |
Arthur Junior, José Carlos,
Carvalho, Daniel Fonseca de,
Silva, Magali Ribeiro da |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11240
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Resumo: |
A agricultura é a atividade que mais demanda água doce do planeta, muito em função do seu uso ineficiente durante o processo de irrigação, gerando grandes desperdícios. Nos viveiros florestais, a irrigação é realizada de forma empírica, acarretando desperdícios significativos. Os polímeros hidrorretentores tem potencial para reduzir a quantidade de água utilizada na irrigação, mas há carência de estudos na produção de espécies florestais, além da variação de características dos produtos comerciais disponíveis. O estudo teve como objetivo avaliar a utilização de polímeros hidrorretentores na produção e no plantio de mudas das espécies florestais Enterolobium contortisiliquum e Paubrasilia echinata, analisando-se características morfológicas e de sobrevivência. Avaliou-se também a absorção de água de três polímeros hidrorretentores: Hydroplan®, Forth® e UPDT®, bem como o efeito da condutividade elétrica da água com sais de cloreto de potássio e de cloreto de cálcio na sua absorção, e a influência dos polímeros nas propriedades físicas do substrato. Adotando delineamento inteiramente casualizado, foram conduzidos 2 experimentos independentes visando à produção das mudas, utilizando 3 doses do polímero hidrorretentor Hydroplan® (2,0; 4,0 e 6,0 g L-1) adicionadas ao substrato comercial MecPlant®, mais o tratamento sem a presença do polímero, em tubetes de 280 cm³. Para quantificar o volume de água aplicado, utilizou-se sistema semiautomatizado de irrigação de baixo custo por gotejamento. As mudas foram plantadas em vaso, simulando condições de campo. Foi utilizado um esquema fatorial 4x4, sendo o fator 1 as mudas produzidas nos tratamentos anteriores e o 2 a aplicação de polímeros no plantio (0; 1,5; 3,0 e 6,0 g cova-1) em delineamento inteiramente casualizado. Os polímeros Hydroplan® e Forth® tiveram maior capacidade de absorção de água entre 349 e 374 g de água por g de produto, do que o polímero à base vegetal (78 g). Observou-se redução significativa da absorção de água em função do aumento da condutividade elétrica da água. Mesmo numa condutividade menor, de 1,0 dS m-1, a redução foi de aproximadamente 50% da capacidade de absorção de água, sendo o cloreto de cálcio mais prejudicial do que o cloreto de potássio. Não ocorreu mudanças nas propriedades físicas do substrato com adição do polímero hidrorretentor. Considerando as variáveis morfológicas, de forma geral, as mudas de Enterolobium contortisiliquum tiveram crescimento e qualidade semelhantes entre os tratamentos. Para as mudas de Paubrasilia echinata observou-se efeito negativo para algumas variáveis com doses maiores de polímero, porém sem diferença para qualidade. Em função da capacidade de absorção e de liberação gradual de água do polímero hidrorretentor, a redução foi de 51,6% e 42,9% do consumo de água para as espécies Enterolobium contortisiliquum e Paubrasilia echinata, respectivamente, no tratamento de 6,0 g L-1 comparado ao tratamento sem adição do polímero. Houve aumento da sobrevivência das mudas produzidas com doses crescentes de polímero hidrorretentor em vaso, mesmo em menores doses, em média de 59 contra 41 dias. |