Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Fabiano Matos
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Orientador(a): |
Alejos, José Luis Fernando Luque
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Banca de defesa: |
Carvalho, Adriano Reder de,
Moraes Neto, Antonio Henrique Almeida de,
Pereira, Luís Cláudio Muniz,
Oliveira e Paula, Sthefane D`ávila de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9232
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Resumo: |
O presente estudo tem como objetivo descrever três novas espécies de nematóides parasitos de mamíferos carnívoros silvestres brasileiros e registrar as ocorrências de helmintos parasitos desse grupo de hospedeiro no município de Juiz de Fora na Zona da Mata no Estado de Minas Gerais, Brasil. Entre os meses de junho de 2007 e janeiro de 2010 foram necropsiados 16 espécimes de mamíferos carnívoros silvestres brasileiros, pertencentes às espécies Chrysocyon brachyurus (n=5), Cerdocyon thous (n=6), Galictis cuja (n=3), Lontra longicaudis (n=1) e Leopardus wiedii (n=1). Também foram incluídos os dados de um espécime de Puma (Herpailurus) yagouaroundi necropsiado no ano de 2002. Todos os hospedeiros são oriundos da microrregião de Juiz de Fora, MG (21°40’22,03”S e 43°26’39,07”O) e foram mortos por atropelamento, e doados pelo Escritório Regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em Juiz de Fora, MG. Não foram encontrados helmintos em L. longicaudis e L. wiedii e nas outras espécies de hospedeiros foram coletados um total de 11 espécies de helmintos, sendo nove espécies de nematóides dos gêneros Strongyloides, Cylicopirura, Oslerus, Trichuris, Dioctophyma, Uncinaria, Crenosoma, Angiocaulus e Angiostrongylus; e duas espécies de cestóides pertencentes aos gêneros Dipylidium e Spirometra. Dos nematóides coletados foram descritas três espécies novas. A primeira espécie do gênero Crenosoma no Brasil foi descrita à partir de espécimes coletados em brônquios e bronquíolos de um macho adulto de G. cuja. Angiostrongylus n. sp. foi descrita à partir de nematóides coletados em artéria pulmonar de P. (H.) yagouaroundi, e é o primeiro registro de uma espécie desse gênero de felídeo silvestre no Brasil. Oslerus (Oslerus) n. sp. também é primeira espécie do subgênero descrita e relatada no Brasil, e foi coletado sob da mucosa da traquéia e brônquios primários de C. brachyurus. Novos registros de ocorrência de outras espécies de helmintos também foram relatadas nos hospedeiros do presente estudo. Strongyloides sp. e Trichuris vulpis foram pela primeira vez registrados em C. brachyurus no Brasil; Dipylidium caninum foi registrada em C. thous, o que corresponde ao primeiro relato dessa espécie de cestóide em um hospedeiro carnívoro silvestre no país. Além dessas novas ocorrências, foi registrado também o parasitismo por Cylicospirura subequalis em P. (H.) yagouaroundi, o que se constitui no segundo registro dessa espécie de nematóide do Brasil, após o primeiro registro realizado ainda na segunda metade do século XIX. As descrições de novas espécies e os primeiros registros de algumas espécies de helmintos em carnívoros silvestres no Brasil indicam que os trabalhos com helmintos nesse grupo de vertebrados são ainda escassos, o que demonstra que ainda existe potencial para o registro de novas informações sobre a helmintofauna desse grupo de hospedeiros no Brasil. |