Avaliação experimental de Amblyomma dubitatum (Acari: Ixodidae) como vetor biológico de Rickettsia rickettsii (Rickettsiales: Rickettsiaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sakai, Renata Kazuko lattes
Orientador(a): Battesti, Darci Moraes Barros
Banca de defesa: Battesti, Darci Moraes Barros, Labruna, Marcelo Bahia, Cunha, Nathalie Costa da, Faccini, João Luiz Horácio, Massard, Calos Luiz
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9775
Resumo: Fêmeas ingurgitadas de Amblyomma dubitatum, naturalmente infectadas por Rickettsia bellii, foram utilizadas para estabelecer uma colônia de laboratório. Larvas, ninfas e adultos foram expostos a duas cepas de Rickettsia rickettsii alimentando-se em cobaias inoculadas e, posteriormente mantidas em cobaias não infectadas. Após a alimentação, larvas e ninfas ingurgitadas mudaram para ninfas e adultos, respectivamente, que mostraram estar infectados (confirmando a perpetuação transestadial), e foram capazes de transmitir ambas as cepas de R. rickettsii para animais não infectados, como demonstrado pela clínica, sorologia, e análises moleculares. No entanto, as fases de larvas, ninfas e adultos de A. dubitatum demonstraram ser apenas parcialmente susceptível a infecção por R. rickettsii, uma vez que em todos os casos, apenas uma parte dos carrapatos se tornaram infectados por este agente, após serem expostos a animais na fase de rickettisemia. Enquanto a transmissão transovariana de R. rickettsii foi ineficiente nas fêmeas ingurgitadas de A. dubitatum do presente estudo, 100% dessas fêmeas passaram R. bellii transovarianamente. Uma vez que foi relatado que uma infecção primária por uma espécie Rickettsia impediria a transmissão transovariana de uma segunda espécie de Rickettsia, é provável que a ineficácia do A. dubitatum para perpetuar R. rickettsii por transmissão transovariana foi relacionada com infecção primária por R. bellii; no entanto, também pode estar relacionado a fatores desconhecidos inerentes à A. dubitatum. A relevância de A. dubitatum como um vetor natural de R. rickettsii aos seres humanos ou animais é discutida.