"Precisa-se de uma criada estrangeira ou nacional para todo o serviço de casa”: cotidiano e agências de servidoras/es domésticas/os no mundo do trabalho carioca. 1880-1930

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Peçanha, Natália Batista lattes
Orientador(a): Nascimento, Álvaro Pereira do
Banca de defesa: Popinigis, Fabiane, Silva, Fernanda Oliveira da, Fonseca, Marcos Luiz Bretas da, Terra, Paulo Cruz, Silva, Érica Sarmiento da
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10052
Resumo: Tendo como objetivo analisar o cotidiano e agências de servidoras/es domésticas/os nacionais e imigrantes europeias/eus nas suas vivências em relação ao mundo do trabalho, buscamos analisar tal atividade em um momento importante – fim da escravidão, entrada massiva de imigrantes em solo carioca e consolidação do pensamento liberal e do capitalismo. Partindo deste cenário analisaremos como tais relações laborais são frutos de um conjunto de mudanças ocorridas em um processo que vinha se desenhando desde a segunda metade do século XIX, não sendo apenas resultados do fim da escravidão. Assim, as experiências de mulheres, homens e menores de idade nacionais e estrangeiras/os serão analisadas a partir de um conjunto de documentações, nos quais nos permitirão observar as principais formas de ingressos dessas personagens no serviço doméstico carioca, bem como a participação masculina em um cenário dominado pela presença feminina. Além disso, o trabalho infantil tem destaque ao apresentar um mercado-de-trabalho em que tal mão-de-obra tem um papel importante, sobretudo, na construção ideológica de uma pretensa “dominação” das/os “crias da casa”. Por fim, cabe destacar, que em um momento em que a classe trabalhadora é alvo constante de políticas públicas para seu controle e ordenamento, a criminalização de tal atividade irá se converter em uma importante ferramenta. Que apesar dos esforços de coação, não deixou de enfrentar reações e resistências constantes de mulheres, homens, crianças, nacionais e estrangeiras/os, que lutavam cotidianamente por melhores condições de trabalho e de vida.