Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Baldini, Karla Beatriz Lopes
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Orientador(a): |
Magalhães, Luís Mauro Sampaio |
Banca de defesa: |
Chedier, Luciana Moreira,
Amâncio, Cristhiane da Graça,
Rocha, Joyce Alves,
Carvalho, Igor Simoni Homem de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9409
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Resumo: |
A relação homem-natureza é um tema complexo e com muitos pontos que devem ser discutidos, principalmente em relação à conservação e proteção de recursos naturais usados pela sociedade. Muitos autores afirmam que essa relação é sempre desarmônica, já outros afirmam que é a única forma possível de conservar não só a biodiversidade, mas a cultura de que ela faz parte. A diversidade biológica e seus recursos são de fundamental importância para o desenvolvimento econômico e cultural dos diferentes grupos sociais, sejam estes tradicionais ou não. Uma forma de compreender a relação do homem com a natureza é estudar o mundo vegetal, fonte primária de energia, que sempre esteve presente no seu dia a dia. Com a finalidade de entender essa relação, desenvolveu-se ao longo dos anos uma disciplina denominada etnobotânica, que se ocupa de estudar essa interação com as plantas. O presente trabalho tem como objetivo geral identificar como é a relação homem – natureza, tendo como base o conhecimento e uso dos recursos vegetais, analisando a influência na conservação da diversidade biológica local, em especial em áreas com presença de Unidades de Conservação, na Mata Atlântica, considerando a realidade histórica, cultural e socioeconômica de grupos rurais que vivem num município no sul do estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste. Dividido em três capítulos, no primeiro foi realizada uma revisão de bibliografia sobre a questão do rural no sudeste do Brasil no período de 10 anos (2004-2014). Já no segundo e terceiro capítulos, foram estudadas quatro localidades rurais, dentro de um mesmo município, que possuem histórias de ocupação e estilo de vidas diferenciados, localizadas próximas à Unidades de Conservação, no período entre agosto/2012 e agosto/2014. Usaram-se dados secundários e primários para a coleta de dados. Foram entrevistados 180 residentes, em sua maioria acima de 40 anos, mulheres, casadas, proprietárias e com mais de 30 anos de residência. A ocupação não-agrícola aumentou, relativamente ao passado quase totalmente dedicado à agricultura e/ou pecuária. Os costumes e a paisagem se modificaram nos últimos 30 anos, com o abandono de algumas atividades econômicas e aumento dos serviços públicos. Foram identificadas 294 plantas com algum tipo de conhecimento e uso pelos residentes. Em tudo que foi observado e analisado, o planejamento ambiental deveria considerar a cultura local daqueles que conhecem e/ou usam a vegetação local, pois eles interferem na diversidade de plantas e auxiliam no controle da conservação dos ambientes locais. Alternativas visando a conciliar o uso dos recursos e ações dos orgãos ambientais devem incluir a participação dos grupos locais em planos e ações das Unidades de Conservação, analisando o que é realmente usado, auxiliando também na criação de alternativas de vida e trabalho. |