Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Clarice Gonring
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Orientador(a): |
Silva, Marta Fernanda Albuquerque da
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Banca de defesa: |
Silva, Marta Fernanda Albuquerque da
,
Silva, Jorge Vicente Lopes da
,
Balthazar, Daniel de Almeida
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/17732
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Resumo: |
As aves são os animais silvestres mais atendidos nas clínicas veterinárias e os mais frequentemente recebidos nos centros de triagens e zoológicos, provenientes de ações policiais de resgate e contra o tráfico. Entre as afecções mais frequentes encontram-se as fraturas de ossos pneumáticos, desafiadoras para qualquer cirurgião devido ao grande canal medular e corticais ósseas finas e quebradiças, que não suportam muito bem os implantes. Na rotina clínica de pequenos animais existem alternativas tanto clássicas quanto inovadoras para resolução de fraturas, no entanto, ainda não há no mercado implantes produzidos especificamente para aves. Desta forma, são necessárias mais pesquisas sobre as técnicas cirúrgicas e a produção de implantes que atendam às características dos ossos das aves, permitindo o retorno funcional precoce do membro afetado. Nesse contexto, utilizando-se relatos de literatura e questionários, dos quais foram coletados dados de profissionais atuantes na área de clínica e cirurgia de animais selvagens, definiu-se a região médio-distal do úmero como local de grande relevância na ocorrência de fraturas e que, além das particularidades ósseas das aves, apresenta também características anatômicas peculiares que dificultam a ostessíntese. Uma placa de liga de titânio foi produzida por manufatura aditiva, com fixação por cerclagem e hemicerclagem. A partir da imagem tomográfica de um animal formolizado foi realizada a impressão da estrutura óssea da asa da ave, o que permitiu a obtenção de um estudo anatômico mais aprofundado e conferiu praticidade à fase inicial do planejamento do implante (por diminuir o número de cadáveres necessários para o estudo, permitir o deslocamento e manipulação do modelo sem a necessidade de cuidados específicos de conservação e reduzir o risco de contaminação química e biológica). Estudo anatômico em cadáver foi realizado permitindo uma correta visualização dos tecidos moles adjacentes, como nervos, tendões e musculatura, servindo para definição do acesso cirúrgico. O implante, desenvolvido em programa de CAD (computer aided design) e impresso com tecnologia tridimensional (tecnicamente conhecida como manufatura aditiva), em metal, foi testado em cadáveres da espécie escolhida e sua resistência avaliada com teste biomecânico. A placa desenvolvida é leve, de material resistente, biocompatível e apresentou boa justaposição ao osso. Na aplicação da hemicerclagem e cerclagem a presença dos sulcos facilitou a fixação da placa ao osso, promovendo estabilidade na posição do fio após o aperto do nó, sendo comprovado com exame radiográfico realizado após aplicação da placa final onde foi evidenciado alinhamento e justaposição dos fragmentos da fratura. Nos ensaios biomecânicos exibiu bons resultados, sendo a carga máxima suportada pelo conjunto osso, placa e fios de aço de aproximadamente dez vezes maior do que a carga suportada pelo osso íntegro. A dificuldade de utilização de placas em úmero de aves está associada à inadequação dos implantes fabricados, adaptados de cães e gatos, e a impressão 3D permitiu o desenvolvimento de um implante leve, com grande ajuste ao osso e com fixação por fio de aço, superando as atuais dificuldades da aplicação de placas em úmero de aves. |