Comunidade de quirópteros (Mammalia, Chiroptera) do Parque Natural Municipal da Prainha, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pinto, Ana Carolina Duarte da Costa lattes
Orientador(a): Peracchi, Adriano Lucio lattes
Banca de defesa: Ferreira, Ildemar, Nogueira, Marcelo Rodrigues, Reis, Nélio Roberto dos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10819
Resumo: As modificações propiciadas pela crescente urbanização resultam geralmente em redução significativa da diversidade original. O levantamento da fauna em parques e áreas de vegetação remanescentes em uma metrópole é um passo primordial para analisar a diversidade atual em meio urbano. Por razões como esta foi realizado um levantamento das espécies de morcegos do Parque da Prainha, RJ e feitas algumas análises ecológicas. Três pontos de coletas foram considerados: Sede, Trilha e Mirante do Caeté. Os dados foram coletados mensalmente entre abril de 2006 e fevereiro de 2008, utilizando-se mist nets (redes de neblina) armadas aleatoriamente. Para cada indivíduo foram observados peso, comprimento da tíbia, crânio e antebraço, além de sexo, condição reprodutiva e horário de captura. O resultado obtido incluiu 19 espécies distribuídas em três famílias: Phyllostomidae, Vespertillionidae e Molossidae, totalizando 402 exemplares. Artibeus lituratus foi a espécie mais capturada com 28,36%, seguido de Carollia perspicillata, como 23,87% das capturas e Artibeus fimbriatus com 18,65%. As demais espécies encontradas foram: Anoura caudifer, Artibeus obscurus, Chiroderma doriae, Desmodus rotundus, Glossophaga soricina, Micronycteris minuta, Platyrrhinus lineatus, Platyrrhinus recifinus, Sturnira lilium, Tonatia bidens, Trachops cirrhosus, Vampyressa pusila, Eptesicus brasiliensis, Histiotus velatus, Myotis nigrincans e Molossus molossus (29,12%). A eficiência de captura variou de 0,0167 morcego por hora-rede na Sede a 0,1771 na estação da Trilha. a região do Parque da Prainha apresentou uma diversidade H’ = 1,71, sendo verificado entre os pontos, diferenças bastante significativas (Sede, H’ = 1,57; Caeté, H’ = 1,21 e Trilha, H’ = 0,82). A riqueza de espécies (índice de Margalef) encontrada para o parque foi R = 3,0018. A proporção entre machos e fêmeas ficou em torno de 1:1, sendo, em alguns casos, 1:2. A comunidade de morcegos do local assemelha-se em muitos aspectos às comunidades de outras localidades e sugere que mesmo pequenos fragmentos florestais são valiosos para a manutenção de algumas espécies de morcegos, seja por oferecerem muitos dos recursos que eles necessitam ou por estarem espacialmente dispostos de forma a facilitar a utilização conjunta da paisagem.