Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Pires, Ana Paula de Castro
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Orientador(a): |
Brito, Marilene de Farias
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Banca de defesa: |
Dobereiner, Jurgen,
Caldas, Saulo Andrade |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14239
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Resumo: |
A intoxicação por plantas em animais de produção no Brasil é sabidamente uma das mais importantes causas de mortes. Tendo em vista que pouco pode ser feito no que diz respeito ao tratamento dessas intoxicações, os esforços devem se concentrar na adoção de medidas profiláticas alternativas, entre estas a utilização de uma espécie menos sensível no local de ocorrência de determinadas plantas. Objetivou-se com esse trabalho verificar a sensibilidade de caprinos às crotalárias (Crotalaria spectabilis e Crotalaria juncea) para que possam ser utilizados na profilaxia da intoxicação por essas plantas em bovinos. Para a realização dos experimentos foram utilizados oito caprinos adultos jovens, de ambos os sexos, divididos aleatoriamente em dois grupos de quatro animais (um grupo para cada planta). Dos quatro caprinos que receberam doses únicas ou diárias de sementes de Crotalaria juncea, nenhum desenvolveu sinais clínicos de intoxicação ou apresentou alterações no exame bioquímico, com exceção de um animal que apresentou aumento isolado nos níveis de ALP e albumina. Entre os quatro caprinos que receberam doses únicas ou diárias de sementes de Crotalaria spectabilis, três morreram. Desses, apenas o animal que recebeu uma dose única de 10g/kg de sementes da planta sobreviveu, e não apresentou alterações clínicas ou bioquímicas durante o período experimental. O animal que recebeu uma dose única de 20g/kg de sementes morreu dois dias após a ingestão e apresentou inapetência, apatia e hipotonia ruminal. Tanto à necropsia quanto à histopatologia, se destacaram as lesões hepáticas, caracterizadas por necrose hemorrágica centrolobular. O caprino que recebeu doses diárias de 2g/kg de sementes de Crotalaria spectabilis por 35 dias e morreu 58 dias após o início do experimento, apresentou sinais de apatia, anorexia e crescente dificuldade respiratória, além de soro sanguíneo amarelado. À necropsia as lesões hepáticas e pulmonares chamaram a atenção, e na histologia as principais alterações eram de pneumonia intersticial. Esse animal apresentou alterações transitórias nos valores de AST, ALP, GGT, proteína total e bilirrubina total e conjugada. O caprino que recebeu doses diárias de 2g/kg de sementes da planta por 150 dias foi eutanasiado in extremis. O quadro clínico foi de inapetência, emagrecimento progressivo, apatia, hipotonia ruminal e mucosas e soro sanguíneo amarelados. À necropsia e ao exame histopatológico havia predominância de lesões hepáticas. À microscopia, as lesões mais importantes foram megalocitose e aspecto bizarro de hepatócitos e das células epiteliais dos túbulos renais. O estudo da bioquímica sanguínea mostrou alterações transitórias de AST, ALT, ALP, GGT, proteína total, ureia e bilirrubina (total e conjugada). Os resultados do trabalho mostraram que não se deve usar caprinos como medida profilática na intoxicação por Crotalaria spectabilis, mas que pode se recomendar esta espécie na profilaxia da intoxicação por Crotalaria juncea. |