Recreio escolar: um olhar acerca dos jovens por meio das suas imagens no cotidiano
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Palavras-chave em Espanhol: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13185 |
Resumo: | Muitas pesquisas são realizadas em educação a respeito de currículo, de prática docente, de rotina de sala de aula, de políticas públicas em educação; porém, pouco ainda se tem falado a respeito do recreio escolar. Muitas falas docentes vêm apontando a dicotomia entre a dificuldade destes em lidar com seus alunos, a falta de motivação discente na realização das atividades na sala de aula e a regularidade de frequência do alunado em pleno processo de socialização durante o recreio. Daí surgiu o interesse na pesquisa acerca desse espaçotempo de privilegiada construção da identidade juvenil, não mais apenas através das falas docentes, mas agora também (e principalmente) pelas imagens constitutivas desse momento e das conversas com esse público. Para o desenvolvimento desse trabalho, lançarei mão de aportes teóricos no campo dos Estudos Culturais, como Hall, além da contribuição de Maffesoli (2010, 2006) a respeito das sociabilidades; mas também de uma conceituação desse recreio através do olhar de Delalande (2001) e de uma análise das imagens sob o viés de Berino; além de uma conversa entre Bakhtin (2008, 1988, 2002, 1997, 1993a, 1993b, 1981) e Freire (2000,1988, 2011a, 2011b, 1996, 1970, 2001) acerca da dialogicidade O estudo foi realizado no campus Engenho Novo II do Colégio Pedro II, escola de educação básica da rede federal de ensino, com turmas do sexto ano do Ensino Fundamental ao terceiro ano do Ensino Médio, que transitam nesse espaçotempo, dividindo experiências, angústias, vitórias e medos. O objetivo geral deste trabalho é analisar, partindo do estudo das imagens, de que maneira as práticas culturais que ocorrem no espaçotempo do recreio escolar contribuem para a produção e o fortalecimento das identidades juvenis. Os caminhos metodológicos para o estudo basearam-se nos estudos nos/dos/com os cotidianos, desenvolvidos por Nilda Alves (2003, 2001, 2012, 1998, 2004), que buscam uma maior compreensão dos processos cotidianos de aprendizagem produzidos pelos diferentes modos de inserção dos sujeitos nos diversos espaçotempos de interação social, objetivando estender o entendimento sobre as maneiras e critérios de compreensão do mundo enredado por meio dessas inserções. Partindo da sensação daquilo que está sendo observado, através das anotações nos “diários de campo” e dos registros das conversas com os alunos, a narrativa textual carece ser insuflada por uma visualidade que a enriqueça; daí o trabalho tendo por base as imagens desse cotidiano, com o recorte do espaçotempo do recreio escolar, analisado sob o viés da fotoetnografia. Chega-se a conclusão de que o recreio escolar é um território de singularidades e de (re)significações, onde percebe-se a formação das identidades juvenis a partir das práticas culturais que ali se constroem, como o movimento de ocupação Ocupen. |