Ecologia de Solenopsis invicta Buren (Hymenoptera: Formicidae) em um agroecossistema diversificado sob manejo orgânico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Almeida, Fábio Souto de lattes
Orientador(a): Queiroz, Jarbas Marçal de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11186
Resumo: Solenopsis invicta Buren (Hymenoptera: Formicidae) (formiga-lava-pé), espécie nativa da América do Sul, hoje ocorre na América Central, América do Norte e Oceania. A espécie é considerada uma praga importante devido às altas densidades populacionais, agressividade e à sua picada desagradável, podendo provocar reações alérgicas. A espécie pode também eliminar competitivamente outras espécies de formigas. No entanto, devido ao fato de ser consumidora de outros artrópodes, S. invicta está entre os predadores mais ativos e abundantes em muitas culturas. Entre os inimigos naturais de S. invicta estão as moscas parasitóides do gênero Pseudacteon Coquillett (Diptera: Phoridae), que são candidatas ao uso como agentes de controle biológico onde S. invicta é invasora. Este trabalho objetivou determinar a distribuição espacial dos ninhos de S. invicta em um agroecossistema diversificado sob manejo orgânico, e avaliar a influência de alguns fatores abióticos (pH, densidade do solo, temperatura e umidade do solo e do ar) sobre a densidade populacional da espécie; a influência de sua densidade populacional sobre a riqueza de espécies de outras formigas; e analisar a influência de alguns fatores bióticos e abióticos sobre a abundância de moscas Pseudacteon que parasitam S. invicta. O estudo foi realizado em quatro parcelas de 3.500 m2, compostas por glebas cultivadas com diferentes espécies vegetais, no Sistema Integrado de Produção Agroecológica (SIPA), Seropédica-RJ, Brasil. A distribuição dos ninhos de S. invicta foi significativamente agregada. A densidade populacional de S. invicta relacionou-se com as temperaturas do solo e do ar. Não houve relação significativa entre a densidade de S. invicta e o número médio de espécies de outras formigas. Quando ninhos de S. invicta foram perturbados, coletou-se quatro espécies de parasitóides do gênero Pseudacteon, sendo que Pseudacteon obtusus Borgmeier foi a mais abundante e freqüente, seguida por Pseudacteon litoralis Borgmeier, Pseudacteon tricuspis Borgmeier e Pseudacteon solenopsidis Schmitz. Essas espécies apresentaram diferentes padrões de atividade diurna. Um número maior dos parasitóides das espécies P. litoralis e P. obtusus foi coletado sob temperaturas mais amenas, ou seja, temperaturas elevadas diminuíram a atividade dessas moscas. Ninhos maiores atraíram maior número de parasitóides de todas espécies.